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sábado, 1 de junho de 2013

O relativismo moral



O relativismo moral com origem nos pensadores do Liberalismo que tem suas origens nos iluministas do século XVIII, deriva como uma consequência daquela doutrina que inspirou a  Revolução Francesa e foi geradora de um protestantismo político acérrimo e muitas vezes, acéfalo, é, actualmente, o monstro que vai enchendo as mentes mal preparadas, mesmo a nível universitário, criando defensores desta lei obtusa que tudo discute,  tudo sabe e tudo quer por em causa, porque nada é estável, pois tudo é relativo num mudo que se quer em mudança e onde o amanhã não é só um novo dia, mas um motivo de se por em causa, como antigo e desusado o dia que passou.
É o relativismo em marcha forçada.
É o mudar por mudar sem se dar conta que uma nova página de um qualquer livro é sempre um reflexo do enredo da página ou páginas anteriores.
É a chaga moral dos nossos dias, ao defender que a ideia do bem e do mal varia segundo os tempos e as sociedades, quando se sabe que a virtude moral assenta na sabedoria humana – que vem desde tempos imemoriais – a presidir ao controle das paixões e à escolha mais adequada para a consecução de um fim, contrariando a convicção relativista ao assumir que a verdade não existe e de que apenas existem as verdades de cada um, como se o joio se pudesse equivaler ao trigo das searas, que por si mesmo e impõe
É aqui que está, entre outros, um dos males do nosso tempo, como se não houvessem valores absolutos – como é a natureza do trigo -  mas apenas existe como caminho do homem a verdade que cada um constrói para si mesmo, com a agravante de a querer impor ao outro – pela falta de respeito que grassa, multiplicando-se como a mitológica Hidra de Lerna (1) donde nascem as fontes das discórdias e das guerras surdas que corroem as sociedades modernas, quando tem de ser no gregarismo do bem que o homem tem de se encontrar a si mesmo num amplexo que ao partir de cada um só deve terminar no Coração de Deus.
É preciso que o mundo esteja atento aos novos apaniguados dos relativismos do nosso tempo, especialmente, quando se trata da moralidade da actuação do homem perante o seu igual, pois, hoje como sempre aconteceu, com os percalços naturais da História  – e assim deve continuar a acontecer – a prudência onde assenta a lei moral está destinada a corrigir o intelecto, por forma a torná-lo capaz de avaliar com exactidão a bondade ou a malícia, ou seja, em conclusão, o carácter moral da acção do homem, estribado em três pilares fundamentais, o da temperança que adverte para o apetite libertino, o da fortaleza que faz regredir o apetite irascível e o da justiça que rege os comportamentos saudáveis.
Mas Deus vive por cima de todos os relativismos no coração de todos os homens, onde a lei moral está inscrita, e onde a consciência individual o impele a formular juízos morais assentes na distinção entre o bem e o mal, bem ao contrário do que fizeram os falsos profetas do século XX, como Nietzsche, Freud, Lenine, Estaline, Hitler e Mussolini – que procuraram – e conseguiram de certo modo acorrentar - ridicularizando a ideia de consciência individual e impondo, quer pelo pensamento, quer pela força bruta das armas e da coacção política, a lei do mais forte, retirando ao indivíduo a lei da sua liberdade de pensamento, que é, afinal, a lei onde o Espírito ganha asas e pensa por si, pensando que aquela liberdade é a única que ninguém pode acorrentar, porque não há relativismos que a verguem quando ela se funda em princípios que a sabedoria milenar dos tempos guarda com sofreguidão dogmas – há que dizê-lo com frontalidade – que têm de ser defendidos em face de um mundo relativista, e consumista não só de bens materiais, como de espirituais, que a todo o custo quer subverter.


(1) - A Hidra de Lerna na História da Mitologia:  Serpente monstruosa, imaginada com sete, nove, cem ou mais cabeças que, quando cortadas renasciam se, na parte decepada, não se pusesse imediatamente fogo. Com o sangue da Hidra, Héracles impregnava as suas flechas. Infestava os campos nas proximidades de Lerna, nas vizinhanças de Argos. Foi transformada em Constelação austral


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