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sábado, 1 de junho de 2013

O ANTIGO E SEMPRE NOVO 
SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Gravura publicada pelo jornal "O António Maria" de 6 de Janeiro de 1881
 
 
Magistralmente, na época, Bordalo Pinheiro caracterizou com este boneco o que se passava na vida nacional, ou seja, com o povo a dormir apoiado na própria albarda com que carregava todos os pesos que lhe punham em cima, mais uma vez, os alcatruzes da nora - que ele trazia consigo sem saber - iam ao fundo buscar-lhe as magras poupanças.
Hoje, tudo se passa de forma semelhante, mas com a diferença - importante - que o povo não é o mesmo e dá-se conta, nem sempre a tempo como convinha, do momento em que lhe estão a meter a mão na algibeira.
Usa o Estado para tanto, o antigo e sempre novo sistema de irrigação com que sempre se pretenderam - e conseguiram - regar as leiras exauridas da contas públicas. Só que, a nora dá a volta inteira e, no momento, está a chegar ao cimo de alcatruzes vazios.
Esse é que é o problema que passou a ser deles, mas com esta coisa estranha: os problemas deles são sempre nossos, como acontece e é exemplo a chamada TSU dos reformados que dentro do próprio Estado, uma parte diz "só por cima do meu cadáver" e a outra parte - a que é mais importante pela força do voto - diz que só será aplicada, mas em última instância...
Não se entendem... mas nós entendemos o desnorte das cabeças sem rei nem roque que não desistem, apesar do poço dos reformados estar seco.
Será que eles não sabe?
Vão meter a mão - que é, como quem diz - avão meter a nora noutro lado.
Por exemplo, no poço das swap's que ajudaram a arruinar o País.
Ao que parece, é um poço bem fundo onde se podia ir buscar "água fresca " em vez de, com o Orçamento rectificativo que vai ser apresentado haver reforço de empréstimos e doações às Empresas Públicas  - que contam para o descalabro do défice - e, assim, permitir a liquidação dos malfadados contratos swap´s irresponsavelmente subscritos nos últimos anos, num tempo em que tendo apanhado o "Zé Povinho" a dormir - tal como ilustra a gravura - fizeram dele gato sapato, pois só agora é tomou conhecimento da asneira de alguns gestores da coisa pública.
Mas, por favor, haja vergonha e mais respeito.
Acabou-se a água no poço dos reformados.
 

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