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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Nem semprte a união faz a força!




Gravura publicada pelo jornal "A Chama" de 6 de Janeiro de 1962

Claro que esta gravura é antiquada e cheira a Estado Novo.
Efectivamente, sem sombra de qualquer dúvida é aquele tempo que ela exalta, mostrando à evidência o ideário do regime vigente, que apesar de ditatorial tinha da Pátria uma ideia que se perdeu, pese embora o colete de forças que se vivia e em que a "União" em volta de um chefe se tinha algo de errado, politicamente, tinha a virtude de erguer bem alto o amor à Pátria antiga, nascida para a História dos povos nos velhos campos de Ourique.
Não nego, que o emblema "A União Faz a Força" era um modo baixo de à força, de qualquer jeito, se querer uma "União" que nunca existiu, nem podia, porque nem sempre a união faz a força.
Isto serve de prólogo à "greve geral" do passado dia 27 de Junho.
Manda a verdade dizer que os  "piquetes de greve" que tentaram - e conseguiram aqui e ali - não deixar trabalhar quem o queria fazer,  imitaram perfeitamente o lema inscrito no dístico do Estado Novo: "A União Faz a Força", de que "o povo unido nunca mais será vencido" é uma cópia mal feita, ou seja, que um tema emblemático que foi beber nas teorias de  Mussolini deu aso a que, um outro - bem parecido nos fins a atingir - se tivesse inspirado nas teorias de Lenine.
Mistérios que a História tece... ou talvez, não!
Resultou daqui, e foi lamentável, que se tenha querido proibir trabalhar quem o queria fazer no vão intento de conseguirem uma "greve geral" - que nunca existiu nem existirá - mas foi com esse fim que foi possível a tentação - forçada e ditatorial -  de arredar do trabalho os que o queriam ter feito ao sentarem-se unidos e estabelecendo uma força defronte dos autocarros cujos motoristas queriam servir o povo, algo que os "comandantes" grevistas da CGTP e UGT, pensando que o servem, no estado em que estamos, em cada greve afundam mais o País.
Nem sempre, porém,  a "A União Faz a Força" e os "comandantes" grevistas ao quererem copiar o Estado Novo tentaram cumprir a lei da força que o Estado de então queria ver  e não viu  instaurada em todos os portugueses, tal como os grevistas - ou os seus Partidos se um dia forem governo, ainda que unidos, nunca hão-de ver -  por mais que gritem, pois nunca terão a união de todos, razão que nos leva a dizer que a liberdade de que enchem a boca morreu sem honra nem glória  junto aos "piquetes de greve" pelo facto de se ter visto - mais uma vez -  que a "liberdade" deles devia acabar, e não acabou, quando havia outros que não queriam seguir a "cartilha deles".
Mas, pelos vistos, "A União Faz a Força" - como quis o Estado Novo -  teria imperado se a autoridade não tivesse cortado a força deles, o que se aplaude, mas se lamenta que tais factos tivessem acontecido, porquanto, os que se sentaram para boicotar a saída dos motoristas que queriam trabalhar, não se aperceberam, ainda, que alguns dos sindicalistas  que temos, defendem menos os trabalhadores e, mais, algumas corporações profissionais de que os professores são um mau exemplo.
Foi lastimável, por este motivo, que a UGT se tenha aliado à CGPT.

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