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quinta-feira, 31 de maio de 2018

"Evocação" - Um poema de Mário Beirão


Fac-símile da Revista ATLANTIDA 
Órgão do Pensamento Latino no Brasil e em Portugal
publicado entre os anos de 1915 a 1920
Ano IV - Vol. XI . nº 41

"Transformismo"



Fac - símile captado do nº 4
da "Revista de Sciencias e Lettras" publicada entre 1880 e 1881 na cidade do Porto

quarta-feira, 30 de maio de 2018

"Igualas em perfeição"...



"As árvores" - Um poema de Leite de Casconcelos



Fac - símile captado do nº 1 
da "Revista de Sciencias e Lettras" publicada entre 1880-81 na cidade do Porto


Quadro de honra!


in. Jornal "i" de 30 de Maio de 2018
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Os nomes nesta reprodução ficaram pequenos... 

Mas eles são os nomes maiores 
do Parlamento de Portugal. 

Um Parlamento por demais politizado e por de menos esclarecido quanto a uma matéria sobre a vida humana que a letra da Constituição - artigo 24º - nº1 - diz ser inviolável,  logo a coberto de qualquer violação e, portanto, merecedora de defesa de um Estado que se demite quando consente que uma qualquer pessoa a viole, seja qual seja o seu estado de saúde, quando ao invés dos proponentes da aprovação da EUTANÁSIA, devia competir ao Estado, enquanto poder executivo, a defesa da vida até à sua morte natural.

Eis, porque, este QUADRO DE HONRA merece ser enaltecido!

Para que conste e seja uma réstia de luz em cima da sombra que ontem - dia 29 de Maio de 2018 - pairou sobre a Casa da Democracia, onde as leis se deviam fazer ao encontro ao pulsar maioritariamente aferido do sentir do povo ali representado e não - como os proponentes da lei quiseram que acontecesse - sem terem medido com a necessária amplitude social que se impunha, a lei que propuseram à discussão.

Aprendam, senhores deputados do SIM canhestro e anti-constitucional!
Aprendam a respeitar o sentido antropológico da vida humana!

Ontem, na Assemnbeia da República aconteceu uma trampolina


Da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.

Significada de trampolina:
  • Dito ou acto de trampolineiro
  • Embuste.
  • Trapaça.
  • Velhacaria.
  • O mesmo que trampolinagem, trampolinada e trampolinice.
E para situar o termo na linguagem, é citada uma passagem do romance de Camilo Castelo Branco "A Filha do Doutor Negro" no cap 14, pág. 144: "... quanta hipocrsia e amor de trampolina não são necessários para levantar a questão das raças..."

Vem tudo isto a propósito do que aconteceu ontem na Assembleia da República e que - por agora - a maioria dos deputados chumbaram a aprovação da EUTANÁSIA, discussão levada ao plenário mercê de uma trampolina dos grupos parlamentares do Partido Socialista (PS), do Bloco de Esquerda (BE) e dos Verdes (PEV).

Porque aconteceu uma trampolina?

Simplesmente, porque estes partidos nas eleições do passado dia 4 de Outubro de 2015 não inscreveram nos seus programas eleitorais o assunto da EUTANÁSIA como um desiderato programático a discutir na Legislatura em curso, e portanto, todos eles, cometeram um acto de trampolineiros, de embusteiros, de trapaceiros e, por último de velhacos, ou seja, de traição às camadas do povo que votou neles agindo numa marotice calculada, porquanto, não informaram de tal assunto os seus eleitores.

Eu bem sei que da próxima vez, tendo em conta uma maioria parlamentar - o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda - vão inscrever este assunto nos seus programas e, naturalmente, vão fazer passar a lei, porque são maus perdedores e o que lhes está na cabeça-política é a liquidação da vida sob a validação da lei, em vez de cuidarem dela com os novos avanços da Medicina legal até à sua morte natural, o que implica uma maior despesa do poder executivo que representa o Estado, com mais camas para atender aos cuidados paliativos.
  • Será que os mais velhos por terem deixado de ser úteis para a Economia da Nação, arcando com doenças graves ou incapacitantes, embora com o seu consentimento venham a violar o a artigo da Constituição que diz que a vida humana é inviolável, são pessoas a descartar?
  • Mas não cumpre ao Estado defender a Constituição da República e, portanto, não ajudar a que a Lei seja violada?
Claro que cumpre, porque se qualquer cidadão violar as leis vigentes, de caminho o Estado através dos Tribunais fá-lo pagar pelo seu desmando, razão que nos leva a admitir que não pode o Estado ajudar a violar uma Lei Fundamental da Constituição da República - como é a defesa da vida considerada inviolável pelo Legislador -  e  cujos ministros, em funções, na tomada de posse dos seus cargos juraram defender.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Esta é a verdade nua e crua... doa a quem doer!



Fac-símile parcial de um artigo da Revista de Ciências e Letras "O PANTHEON" 
que se publicou nos anos de 1880 e 1881 
sob a responsabilidade de Leite de Vasconcelos e Mont'Alverne de Sequeira
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Asisadamente, o autor do "fac-símile" acima reproduzido que foi publicado sob o título: "As Transformações Sociais", na parte final do texto chamava a atenção para as transformações da sociedade, advogando que elas "só se tornam evidentes quando a ideia inicial tem conquistado um número extraordinário de adesões. quando a mudança, preparada pouco a pouco, está iminente, ou já é indispensável, porque as fórmulas existentes não satisfazem as necessidades públicas"...

Vem a isto a propósito, porque cabe com toda a acuidade na lei iníqua sobre a Eutanásia que amanhã se vai discutir na Assembleia da República a partir da iniciativa das bancadas do PS+BE+PAN+PEV, que deviam ser os próceres da Nação e que por si mesmos se tornam mesquinhos, arvorando-se em grandes conhecedores de um tema de tal monta que devia ter merecido mais cuidado e uma maior aferição do pulsar da sociedade como aconselhou Teixeira Bastos, ao chamar a atenção para a sociedade do seu tempo que então vivia uma Monarquia Constitucional em declínio, a precisar de homens melhores e mais sábios para poderem fazer as reformas que o tempo impunha.

São estes homens sábios que nos continuam a fazer falta 140 anos depois, porque o povo que somos continua a eleger para o Parlamento homens necessitados de mais cultura no campo da antropologia humana em todas as suas dimensões e não estes - que se a têm a escondem - e que, numa farronca sem sentido, se propõem substituir-se ao povo que nem sequer foi auscultado nas suas Instituições civis e religiosas tendo em conta a lei que amanhã vai ser discutida na AR, ou seja ao contrário do que o bom senso impunha - como em 1880 propunha Teixeira Bastos - só deviam ter chegado a esta meta se se sentisse na ordem social uma mudança generalizada de atitude perante a retirada da vida a um ser humano, fosse qual fosse o seu sofrimento.

Não aconteceu isto com os que se propõem fazer aprovar a EUTANÁSIA, porque eles, arrogantemente, ao invés de sentirem que o povo devia estar "mais avançado do que as suas instituições"... são eles que avançam sem o ouvir, ou seja, usando uma democracia-ditatorial.

Depois de ler em "O PANTHEON" o artigo referido, concluo que nada aprendemos de Humanidades e estamos a caminhar para a barbárie, sem honra, sem moral e sem ética, embora sejamos mais cultos, mais conhecedores do Mundo, mas menos conhecedores da alma e do sentir humanos, porque no conjunto do tecido humano que somos, muitos de nós, desprezaram estes dois vectores para pôr a render aquele que aponta para uma Economia de Mercado que esquece os mais fracos e em vez de cuidar deles, está a criar leis para os liquidar.

Esta é a verdade nua e crua... doa a quem doer!

sábado, 26 de maio de 2018

EUTANÁSIA? - Não mates, cuida!


in, "Effathá"
Boletim Semanal da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo de Benfica
ano 2 nº 120 - Domingo da Santíssima Trindade - 27/05/2018

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A "Federação Portuguesa pela Vida" tendo como lema "Toda a Vida tem Dignidade" vai organizar uma concentração de apoiantes
 no próximo dia 29 de Maio, dia em que na Assembleia da República muitos dos deputados que elegemos para cuidar da vida dos portugueses, especialmente dos que ajudaram com o seu exemplo a manter viva a chama de Portugal à luz da honra e da moral - que não conhece credos religiosos - agora que a vida se esfuma, para pedir aos detentotes do poder executivo no momento em que estes se predispõem para lhe dar, numa troca - embora a pedido - uma "morte assistida" em vez dos cuidados paliativos que lhe haviam de dar até ao último suspiro a dignidade de morrer.

EUTANÁSIA? - Não mates, cuida!

As palavras do cartaz são - como se quer - um modo conspícuo de chamar à atenção para as consciências dos que se deixam embarcar nesta moda importada de uma Europa acéfala e por demais cheia de vícios amorais, infractores e desrespeitadores de um Deus que passa, cuja doutrina, alguns - que são já muitos milhares - meteram no caixote do lixo das mentes distorcidas que fazem da vida humana um crédito valioso, mas apenas, enquanto são úteis para um Economia global que erigiu um novo "bezerro de ouro", um ídolo, à semelhança do que fez o povo de Israel ao convencer Arão a adorá-lo quando Moisés subiu para o Sinai para ali receber os dez Mandamentos da Lei de Deus.


EUTANÁSIA? - Não mates, cuida!

Cuida é o que é pedido e não erijas o dinheiro num novo "bezerro de ouro", porque a sociedade - seja qual seja - tem o dever de honrar a vida dos seus cidadãos enquanto a vida existir, mesmo aquela vida apagada, porque houve nela a chama estuante de uma vida plena que foi útil - ou não o tendo sido por vários motivos - mas tem de merecer o respeito e cuidados da sociedade, e deixa de viver em troca de um consentimento captado numa hora de declínio e em que a mente se deixou aquietar numa languidez que parece um prenúncio final, não o sendo.
A lei é esta: 

Ninguém tem o direito de se matar a si mesmo e a ninguém pode ser concedido o direito de acabar  - ainda que consentida - com a vida do seu semelhante.

Não vale a artimanha que está construída, porque nem tudo o que é decorrente da lei do legislador é legal perante a Lei da Vida que tem nascimento e morte até ao derradeiro instante da vida que de modo algum deve ser abreviada. 
Eis, porque, estas cogitações que faço me levaram à leitura desse célebre Poema de António Feijó, em que no seu "Hino à Morte" ele a chama de EUTANÁSIA e isso, eu percebo e advogo.

Hino à Morte

Tenho às vezes sentido o chocar dos teus ossos
 E o vento da tua asa os meus lábios roçar;
 Mas da tua presença o rasto de destroços
 Nunca de susto fez meu coração parar.

 Nunca, espanto ou receio, ao meu ânimo trouxe
 Esse aspecto de horror com que tudo apavoras,
 Nas tuas mãos erguendo a inexorável Fouce
 E a ampulheta em que vais pulverizando as horas.

 Sei que andas, como sombra, a seguir os meus passos
 Tão próxima de mim que te respiro o alento,
— Prestes como uma noiva a estreitar-me em teus braços,
 E a arrastar-me contigo ao teu leito sangrento...

 Que importa? Do teu seio a noite que amedronta,
 Para mim não é mais que o refluxo da Vida,
 Noite da noite, donde esplêndida desponta
 A aurora espiritual da Terra Prometida.

 A Alma volta à Luz; sai desse hiato de sombra,
 Como o insecto da larva. A Morte que me aterra,
 Essa que tanta vez o meu ânimo assombra,
 Não és tu, com a paz do teu oásis te terra!

 Quantas vezes, na angústia, o sofrimento invoca
 O teu suave dormir sob a leiva de flores!...
 A Morte, que sem dó me tortura e sufoca,
 É outra, — essa que em nós cava sulcos de dores.

 Morte que, sem piedade, uma a uma arrebata,
 Como um tufão que passa, as nossas afeições,
 E, deixando-nos sós, lentamente nos mata,
 Abrindo-lhes a cova em nossos corações.

 Parêntesis de sombra entre o poente e a alvorada,
 Morrer é ter vivido, é renascer... O horror
 Da Morte, o horror que gera a consciência do Nada,
 Quem vive é que lhe sente o aflitivo travor.

 Sangue do nosso sangue, almas que estremecemos,
 Seres que um grande afecto à nossa vida enlaça,
— Somos nós que a sua morte implacável sofremos,
 É em nós, é em nós que a sua morte se passa!

 Só então, da tua asa a sombra formidável,
 Anjo negro da Morte! aos meus olhos parece
 Uma noite sem fim, uma noite insondável,
 Noite de soledade em que nunca amanhece...

 Só então, sucumbindo à dor que me fulmina,
 A mim mesmo pergunto, entre espanto e receio,
 Se a tua asa não é dum Anjo de rapina,
 Se eu poderei em paz repoisar no teu seio!

 Inflexível e cego, o poder do teu ceptro
 Só então me desvaira em cruel agonia,
 Ao ver com que presteza ele faz um espectro
 De alguém, que há pouco ainda, ao pé de nós sorria.

 Mas se nessa tortura, exausto o pensamento,
 Para ti, face a face, ergo os olhos contrito,
 Passa diante de mim, como um deslumbramento
 Constelando o teu manto, a visão do Infinito.

 E de novo, ao sair dessa angústia demente,
 Sinto bem que tu és, para toda a amargura,
 A Eutanásia serena em cujo olhar clemente
 Arde a chama em que toda a escória se depura.

 É pela tua mão, feito um rasgão na treva,
 Que a Alma se liberta, e de esplendor vestida
— Borboleta celeste, ébria de Deus, — se eleva
 Para a luz imortal, Luz do Amor, Luz da Vida!

António Feijó, in 'Sol de Inverno'

A morte - mas a morte natural - devia ser assim: "A Eutanásia serena em cujo olhar clemente" como diz o Poeta na penúltima quadra, a vida se devia finar no momento em que "a Alma se liberta" para voar "ébria de Deus", - não como obra de uma lei humana sem sentido - mas em obediência à Lei Eterna de Deus que deu vida a toda as criaturas e as chama "ébrias" do seu Amor quando soltaram os últimos suspiros de vidas que se finaram por elas e não por arremetidas iníquas de um decreto humano.

Para este famoso livro vai uma saudade muito grata!



Pág. 28 e 29 do Livro do Livro de História de Portugal 
que encantou os meus primeiros anos de estudante
(Captação de "O Leme" com a devida vénia)
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O Condado Portucalense foi a matriz que deu origem à fundação do Reino de Portugal, algo que não é novidade - porque todos o sabemos - mas lembrar este acontecimento histórico nunca é demais, sobretudo neste tempo em que a portugalidade anda por demais arredia do ensino pátrio, quando devia ser nela que devia assentar o ensino das primeiras camadas da nossa juventude.

Nesse aspecto eu fui um privilegiado, porque no meu tempo até as capas dos livros escolares despertavam a atenção para o conteúdo das suas leituras - como esta - em que a casa editora pôs todo o amor que lhe merecia o contexto deste famoso livro da História de Portugal, onde o texto se confundia com as gravuras e me deram ambas as coisas o carinho que me tem acompanhado ao longo da vida.

Para este famoso livro vai uma saudade muito grata!

"O Olhar da Consciência"


Fac-símile da Revista "Scientifica e Literária" 
(Coimbra) nº 1 - Dezembro de 1880

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O livre-pensador...



O livre-pensador do tempo hodierno chama-se António Costa e é chefe do governo de Portugal...

Na abertura do 22º Congresso dos seu partido, disse hoje, que aprovar a eutanásia é um "alargamento da liberdade", assim como foi a legalização do aborto a que ele e outros da sua igualha chamam enfaticamente (interrupção voluntária da gravidez), bem como a "legalização do casamento e adoção de pessoas do mesmo sexo".

Liberdade ou libertinagem de pensamento?

Cada um, de facto é livre de dizer as palavras fracturantes de que é capaz, sem pudor nem respeito com a matriz deste histórico País e do seu povo, mas fazê-lo assim deste modo que se assemelha ao espírito do "livre-pensador" que em matéria religiosa age segundo a sua razão e, logo, sem obediência ao dogmatismo espiritual e ancestral desta Pátria que caldeou heróis vinculados a crenças imateriais, que de todo escapam a quem pensa e diz, sem rodeios, o que a sua razão ordena, como aconteceu, agora, com António Costa.

A eutanásia, pare ele é "um alargamento da liberdade"...

Não admira, porque para António Costa, alargar a liberdade, também aconteceu logo a seguir às eleições de 4 de Outubro de 2015, em que ele, para se guindar ao poder que não conquistou, alargou - com a sua razão o direito de o ser - acabando com a tradição que vinha de trás em que o poder era dado ao ganhador das eleições.

Como velho que sou, é verdade, que me sinto ultrapassado pela sociedade que vou deixar, um dia destes, mas enquanto Deus me der alento - sem ofender ninguém que não seja manifestar o meu desacordo, que penso, não é ofensa nenhuma - não posso deixar, sem violentar a minha consciência, que este "alargamento de Liberdade" passe sem a minha crítica, porque se pretende fazer uma lei contrária à natureza humana.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Sim. Estes deuses, politicamente, não merecem o meu respeito!


Da Constituição da República Portuguesa:

TÍTULO II
Direitos, liberdades e garantias
CAPÍTULO I
Direitos, liberdades e garantias pessoais
Artigo 24.º

Direito à vida
1. A vida humana é inviolável.

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Porque eles não sabem eu explico: O termo - inviolável - quer dizer, de acordo com a Grande Enciclopédia Portuguesa e .Brasileira,  vol  13 - pág. 996, que:
  • Não é violável.
  • Que não se pode infringir.
  • Que não se pode ou se não deve violar.
  • Que não se pode atacar.
  • Que está  ou deve estar ao abrigo de qualquer perseguição ou violência.
Tomo como base para a estufefacção que sinto o facto dos partidos políticos (BE+PAN+PEV+PS) em exercício na Assembleia da República terem proposto para o dia 29 de Maio de 2018, a discussão dos seus projectos que tendem a legalizar a "morte medicamente assistida" um eufemismo que eles arranjaram para definir A EUTANÀSIA, ou seja, a morte humana.
  • Mas, então, que cabeças são estas que se propõem violar o nº 1 do Artigo 24º da Constituição da República Portuguesa que tanto dizem defender
  • Mas, então, que cabeças são estas que sem estarem mandatados se propõem levar à discussão parlamentar (para lamentar) um assunto destes?
  • Quem ouviram?
  • Em que ciência médica se radicam os seus conceitos?
Ninguém. 
Não ouviram ninguém que não seja a "falta de miolo" que os norteia numa questão fracturante do sentir mais genuíno da alma lusitana para levar em frente este atropelo moral e ético que pretendem aprovar, como se fossem senhores de um tempo de vida de que não são senhores, porque a duração da vida humana não pertence ao humano, mas à imaterialidade de um destino traçado desde o princípio com conta e medida, com espaço e tempo.

Espanta-me a ligeireza do Partido Socialista ter embarcado nesta aventura, com total desrespeito pela letra da Constituição que aprovou e jurou defender, porquanto aos seus companheiros acidentais, tal se não pode pedir porque para eles, fracturar a sociedade faz parte o seu "modo de vida".

Meus senhores: não me mereceis qualquer respeito.
Nem vós, os promotores desta falta de respeito pela vida humana, como todos os outros deputados de outras bancadas que vos venham a acompanhar neste distúrbio social, porquanto , se o direito à vida, fez que o legislador tenha escrito "preto no branco" que - A VIDA HUMANA É INVIOLÁVEL - é inadmissível que "passem a perna" a este preceito constitucional para fazerem valer a vossa diatribe, ou será que a Constituição não é a que foi aprovada e está em vigor, sendo letra morta para estes senhores?

E eu que pensava como diz a letra da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira que tudo aquilo que é inviolável estava "ao abrigo de qualquer perseguição ou violência"?

Afinal, não está, porque estes senhores - os promotores e os que os vierem a apadrinhar - são "perseguidores" e quando preciso for agem com "violência" conta este povo inerme e mal informado a quem no momento das eleições pedem o seu voto, para nas suas costas agirem a seu belo prazer.

Penso nisto e vem-me à lembrança o velho e sempre actual conceito de Santo Agostinho de Hipona que diz assim:"Ama os homens mas combate os seus erros", para dizer  que me cumpre fazer o mesmo e é, por isso, que do ponto de vista humano estimo estes homens e mulheres esquecidos da Verdade de Deus - que nos diz que diz que só a Ele compete definir o tempo de cada vida humana - para lhes dizer, que politicamente, nenhum homem ou mulher que advogam esta "lei" e a vai votar afirmativamente merece o meu respeito.

Sim. Estes deuses, politicamente,  não merecem o meu respeito!

quarta-feira, 23 de maio de 2018

"O maior cego é todo aquele que não quer ver"...



Ditado muito antigo e verdadeiro, diz o povo que  "o maior cego é todo aquele que não quer ver" e, neste caso um dos "cegos" é o Ministro das Finanças de Portugal, que mercê das cativações que tem feito na área da saúde, é o alvo a atingir por Bruxelas nesta "caixa" do jornal ECO, de hoje, em que é dito que "a Comissão Europeia aponta para os atrasos nos pagamentos dos hospitais, para assinalar que o planeamento orçamental é fraco em sectores como o da saúde", o que não admira pelas cativações que fez no ano de 2017, pelo que, quanto a mim, o maior "cego" é o Primeiro-Ministro, António Costa, seguido por ele e pelo Ministro da Saúde que nada tem feito para contrariar o "apertar do cinto" imposto a "ferro e fogo" por Mário Centeno.

São "cegos" ou jogadores políticos?

São jogadores políticos, porque - graças  a Deus têm os olhos bem abertos -  mas esse problema de ser fraca a política do governo "em sectores como o da saúde" só o povo é que vê o que se passa... e, pelos vistos, Bruxelas.

Coisas do défice... é, não é?
E a saúde dos portugueses, onde ficou nestas contas?
Para trás... para trás demais e isso é imperdoável, pelo que, este governo que acoitou desde sempre, politicamente, o Dr. António Arnaut - criador do Serviço Nacional de Saúde (SNS) - ora falecido, devia honrar a sua memória com obras de substânciae deixar de o pôr em causa com as diatribes das cativações que sobre ele tem feito, a ponto de Bruxelas de lhe dar este "puxão de orelhas", porque com este governo a saúde ficou doente.

domingo, 20 de maio de 2018

Quatro purezas!



Uma foto e as suas quarto purezas!

Assim se poderia chamar este instantâneo fotográfico em que na sua quietude o que ele nos oferece é algo que devia ser uma lição para o homem que com a excepção da cor do azul de um céu sem mancha, tudo o resto é obra das suas mãos, como sejam as três cores que resultam do seu labor: o verde da roseira, as rosas vermelhas e o branco imaculado de uma parede.

São quatro purezas e se, na cor azul do céu o homem não interfere, as restantes estão ali postadas para lhe dizer como era bom que as suas atitudes perante a vida pessoal e social fossem pautadas pela pureza daquelas cores que são obra sua, mas esquecida nas cores cinzentas como, por demais, se pinta a vida por onde passam tantos dos nossos passos!

Uma foto e as suas quatro purezas!

Que elas sejam motivo para todos os homens - a começar por mim - para que reaprendamos a viver mais com o coração de criança que todos tivemos e embalou de cores puras a nossa infância, não esquecendo que todo o homem é uma criança que cresceu em obediência à ordem natural da biologia humana.

sábado, 19 de maio de 2018

O meu "Niágara" pequenino!





O meu "Niágara" pequenino fica na minha aldeia serrana onde estive há dias e onde tive o ensejo de captar estas belas imagens demonstrativas que a força da corrente da Ribeira onde ele se despenha num turbilhão cantante de águas límpidas num poço profundo e depois se alarga numa piscina natural que tem servido centenas de gerações, local onde muitos dos meus conterrâneos deram as primeiras braçadas e outros, mais experientes ou mais ousados se lançaram do cimo da penedia escarpada para o fundo das águas do Poço que no Verão, aquietadas, são um encanto pela quietude da corrente e pela moldura campestre dos montes.

Adorei o momento recente que vivi ali, contente pela indiferença das águas da Ribeira, correndo puras e frescas perante a secura dos montes que o incêndio do dia 15 de Outubro de 2017 tornaram cinzentos, embora aqui e ali, aflorem algumas manchas verdes, como se a Natureza me quisesse dizer que nenhum incêndio por maior que seja a pode matar de vez, porque ela teima sempre em renascer das cinzas.

E alegrei-me e ali mesmo dei graças a Deus por, apesar dos anos que vão pesando, ter tido a graça de voltar àquele lugar paradisíaco que começou por encantar a minha adolescência, sempre que nas "férias grandes" demandava a casa da minha avó e, hoje, na minha velhice me continua a encantar.

Por fim, o que ficou deste idílio - do meu namoro perfeito com aquele local - tendo nos meus ouvidos, perfeitamente, ante o silêncio envolvente, o som das águas a quebrarem-se ao nível da muralha e como se fervessem na queda, caírem de cachão borbulhante no Poço, dei comigo a pensar como foi possível que os arredores da minha aldeia - e ela mesma, dentro de si mesma - tenham sido deixados ao abandono para serem pasto de um fogo que só parou onde faltaram manchas verdes.

Para quando o interior de Portugal será parte integrante do seu todo e, em consequência, deva merecer as atenções que merece?
O meu "Niágara" pequenino lá está a reclamar essa atenção!
Só que o barulho das suas águas não chega para acordar as consciências de quem podia e devia agir e isto que escrevo morre por aqui.
Eu sei. Mas fica o meu reparo.

sábado, 12 de maio de 2018

"Romantismo"


Fac-símile do Jornal "O Académico" - 1902

"MENDIGO" - Um pequeno poema de João de Deus



Fac-símile de "A Renascença" pág 70 - fascículos 05 a 07
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Li este pequeno poema de João de Deus, amplamente conhecido do seu amor pelos humildes e os pobres do eu tempo que um regime amorfo não soube cuidar, vieram-me à lembrança, as vezes, que de mão estendida me têm pedido "uma esmola por amor de Deus" e não pude esquecer as vezes em que - embora responda ao pedido no cumprimento  de um dever esmoler - tenho passado adiante a pensar que "o amor de Deus" que ouço é uma forma de me apiedar.

Penitencio-me.

E, doravante, com este "MENDIGO" de João de Deus no pensamento vou deixar de pensar assim, porque este pobre que fora rico de trabalho em "Campos que não eram seus", se pode parecer com o pobre que me pede "por amor de Deus" e, hoje, embora os tempos sejam outros não me posso esquecer que pobres, sempre os haverá, porque o bem social jamais chegará a todos...

Foi Jesus que o disse, no relato bíblico de S. Mateus (26,11): Pois, quanto aos pobres, sempre os tendes convosco, com o pensamento voltado séculos atrás para o Livro do Deuteronómio (15,11) Nunca deixará de haver pobres na terra; é por esse motivo que te ordeno: abre a mão em favor do teu irmão, tanto para o pobre como para o necessitado de tua terra!

O meu muito obrigado à lembrança presente de João de Deus, porque através da sua poesia fui-me até aos Livros Sagrados e vi que MENDIGOS sempre os teremos, porque nos falta muito para edificar uma sociedade perfeita de valores materiais e espirituais, porque em cada esquina o Diabo anda à espreita, como anda nos momentos em que dou esmola e fico a pensar na falsidade de me pedirem "por amor de Deus"...

"Sinfonia do Silêncio"


Fac-símile de "Coimbra - Jornal dos Estudantes de Coimbra"
Ano III - 31 de Março de 1936 - nº 24

"Boas Festas"


Fac-símile do Jornal "Azulejos"
Ano II - 6 de Janeiro de 1908 - nº 16

"Cartas em cima da mesa!"


"Cartas em cima da mesa!"

Acho bem . 
António Costa precisa de se legitimar perante os portugueses, no geral, e em particular àqueles que votaram no Partido Socialista (PS) em 4 de Outubro de 2015, na esperança de lhe darem uma vitória eleitoral que ele não conseguiu obter mas urnas e só, depois, num jogo subreptício com o Bloco de Esquerda (BE) e o Partido Comunista Português (PCP) conseguiu formar um governo parlamentar - maioritário pela soma "à posteriori" dos votos, o que não devia ser admitido por uma Constituição que deixou aqui um "buraco" por onde passou esta "esperteza".

"Cartas em cima da mesa!"

Acho bem.
E, agora, os seus parceiros acidentais que se governem!
Ajudaram a derrotar o injustiçado ex-Primeiro Ministro Passos Coelho, um homem "às direitas" que deu um "muro na mesa" quando foi preciso e passou quatro anos a livrar Portugal de cair na bancarrota definitiva e, depois disso - dos sacrifícios que fez recair sobre os indefesos cidadãos - estes, ainda assim lhe deram uma vitória eleitoral que António Costa não respeitou e mais os que o seguiram na sua caminhada violenta.

"Cartas em cima da mesa!"

Acho bem!
António Costa precisa de se legitimar... e para tanto, desculpa-se que o jogo possa ser interrompido a meio.

"Adeus"

Fac-símile de "A Ilustraçãp Portuguesa"
Ano I - 27 de Novembro de 1884 - nº 22

... E ficaram todos contentes!


O Tribunal na Relação decidiu, esta quinta-feira, que vai enviar o processo do ex-vice-presidente Manuel Vicente, arguido na Operação Fizz, para Angola.
A decisão foi comunicada à agência Lusa pelos advogados de Manuel Vicente que se mostram bastante satisfeitos com o facto de o juiz desembargador Cláudio Ximenes ter optado por dar razão ao recurso da defesa do ex-vice-presidente angolano. 
Recorde-se que, Manuel Vicente foi acusado em Portugal do crime de corrupção ativa. Orlando Figueira, antigo procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) é suspeito de ter recebido ‘luvas’ de 300 mil euros para beneficiar o vice-presidente de Angola Manuel Vicente – antigo CEO da Sonangol – num inquérito que dirigia. Parte do dinheiro ter-lhe-á chegado à conta no dia em que arquivou a investigação. 

https://sol.sapo.pt/de 10 de Maio de 2018


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... E ficaram todos contentes!

Especialmente os responsáveis angolanos que conseguiram que a Justiça portuguesa lhes fizesse a vontade, levando para Angola um julgamento que devia ter sido feito cá, onde foi feita a prevaricação!!!

Pelo que a separação de poderes não vingou entre nós, porque, quando "outros valores mais altos se levantam" tudo se esquece e a "separação de poderes" passa a ser uma figura de retórica, vindo ao de cima as relações protocolares que estavam em risco!

... E ficaram todos contentes!

Lá, como já se disse e cá, porque chegou ao fim esta questão "irritante" assim chamada pelo Presidente da República e pelo Primeiro-Ministro que não conseguiu arranjar outro nome para a classificar!
A antiga colónia fez que Portugal "mandasse às malvas" a separação de poderes que existe como uma figura constitucional, como diz o Artigo 2º: 

A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas, no respeito e na garantia de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na separação e interdependência de poderes, visando a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.

Foi violada a Constituição?
Pois foi... mas ficaram todos contentes... algo que "à força" sou obrigado a compreender pelo facto dos interesses económicos se terem sobreposto à letra da Constituição Portuguesa, o que é lamentável, porquanto este Portugal velho de quase um milénio se deixou vencer por quem, sem rodeios disse, por palavras minhas, só respeitando o sentido: - ou fazem como nós queremos ou temos o "caldo entornado" - e Portugal, este velho de "barbas brancas" cedeu em toda a linha para que o caldo se não entornasse.

Esta é a verdade!
Como passou a ser verdade não ser a nossa Constituição uma matriz inviolável... porque ciência exacta só a Matemática!

"Sob a ramagem frondosa"...


Fac-símile de "Coimbra - Jornal dos Estudantes de Coimbra 
Ano III - 11 de Agosto de 1936 - nº 25