Fac-símile parcial de um artigo da Revista de Ciências e Letras "O PANTHEON"
que se publicou nos anos de 1880 e 1881
sob a responsabilidade de Leite de Vasconcelos e Mont'Alverne de Sequeira
que se publicou nos anos de 1880 e 1881
sob a responsabilidade de Leite de Vasconcelos e Mont'Alverne de Sequeira
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Asisadamente, o autor do "fac-símile" acima reproduzido que foi publicado sob o título: "As Transformações Sociais", na parte final do texto chamava a atenção para as transformações da sociedade, advogando que elas "só se tornam evidentes quando a ideia inicial tem conquistado um número extraordinário de adesões. quando a mudança, preparada pouco a pouco, está iminente, ou já é indispensável, porque as fórmulas existentes não satisfazem as necessidades públicas"...
Vem a isto a propósito, porque cabe com toda a acuidade na lei iníqua sobre a Eutanásia que amanhã se vai discutir na Assembleia da República a partir da iniciativa das bancadas do PS+BE+PAN+PEV, que deviam ser os próceres da Nação e que por si mesmos se tornam mesquinhos, arvorando-se em grandes conhecedores de um tema de tal monta que devia ter merecido mais cuidado e uma maior aferição do pulsar da sociedade como aconselhou Teixeira Bastos, ao chamar a atenção para a sociedade do seu tempo que então vivia uma Monarquia Constitucional em declínio, a precisar de homens melhores e mais sábios para poderem fazer as reformas que o tempo impunha.
São estes homens sábios que nos continuam a fazer falta 140 anos depois, porque o povo que somos continua a eleger para o Parlamento homens necessitados de mais cultura no campo da antropologia humana em todas as suas dimensões e não estes - que se a têm a escondem - e que, numa farronca sem sentido, se propõem substituir-se ao povo que nem sequer foi auscultado nas suas Instituições civis e religiosas tendo em conta a lei que amanhã vai ser discutida na AR, ou seja ao contrário do que o bom senso impunha - como em 1880 propunha Teixeira Bastos - só deviam ter chegado a esta meta se se sentisse na ordem social uma mudança generalizada de atitude perante a retirada da vida a um ser humano, fosse qual fosse o seu sofrimento.
Não aconteceu isto com os que se propõem fazer aprovar a EUTANÁSIA, porque eles, arrogantemente, ao invés de sentirem que o povo devia estar "mais avançado do que as suas instituições"... são eles que avançam sem o ouvir, ou seja, usando uma democracia-ditatorial.
Depois de ler em "O PANTHEON" o artigo referido, concluo que nada aprendemos de Humanidades e estamos a caminhar para a barbárie, sem honra, sem moral e sem ética, embora sejamos mais cultos, mais conhecedores do Mundo, mas menos conhecedores da alma e do sentir humanos, porque no conjunto do tecido humano que somos, muitos de nós, desprezaram estes dois vectores para pôr a render aquele que aponta para uma Economia de Mercado que esquece os mais fracos e em vez de cuidar deles, está a criar leis para os liquidar.
Esta é a verdade nua e crua... doa a quem doer!
São estes homens sábios que nos continuam a fazer falta 140 anos depois, porque o povo que somos continua a eleger para o Parlamento homens necessitados de mais cultura no campo da antropologia humana em todas as suas dimensões e não estes - que se a têm a escondem - e que, numa farronca sem sentido, se propõem substituir-se ao povo que nem sequer foi auscultado nas suas Instituições civis e religiosas tendo em conta a lei que amanhã vai ser discutida na AR, ou seja ao contrário do que o bom senso impunha - como em 1880 propunha Teixeira Bastos - só deviam ter chegado a esta meta se se sentisse na ordem social uma mudança generalizada de atitude perante a retirada da vida a um ser humano, fosse qual fosse o seu sofrimento.
Não aconteceu isto com os que se propõem fazer aprovar a EUTANÁSIA, porque eles, arrogantemente, ao invés de sentirem que o povo devia estar "mais avançado do que as suas instituições"... são eles que avançam sem o ouvir, ou seja, usando uma democracia-ditatorial.
Depois de ler em "O PANTHEON" o artigo referido, concluo que nada aprendemos de Humanidades e estamos a caminhar para a barbárie, sem honra, sem moral e sem ética, embora sejamos mais cultos, mais conhecedores do Mundo, mas menos conhecedores da alma e do sentir humanos, porque no conjunto do tecido humano que somos, muitos de nós, desprezaram estes dois vectores para pôr a render aquele que aponta para uma Economia de Mercado que esquece os mais fracos e em vez de cuidar deles, está a criar leis para os liquidar.
Esta é a verdade nua e crua... doa a quem doer!
Como sempre muito bem escrito e com todos os pontos nos is.
ResponderEliminarGanhou o bom senso. Ainda bem.
Estou contente.
Um abraço e continue a escrever aquilo que lhe vai na alma, pois necessitamos muito de homens e não de garotos.