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segunda-feira, 30 de julho de 2018

"Bem prega, frei Tomás"...



https://www.sapo.pt/ de 30 de Julho de 2018
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"Bem prega, frei Tomás, 
faz o que ele diz, não faças o que ele faz".

O ditado é antigo, mas tem a marca sábia do povo  e porque a tem - veio a cumprir-se em Ricardo Robles que por se ter esqueceu dela, hoje mesmo, não podendo arcar com o peso das suas próprias inconformidades sociais pediu a escusa de vereador da Câmara Municipal de Lisboa e de membro da Comissão Coordenadora de Lisboa do Bloco de Esquerda.

Diz outro ditado popular que "o cântaro tantas vezes vai à fonte que um dia parte uma asa" tendo sido isto que aconteceu com aquele cântaro mal seguro na asa, pelo que, agora bem pode Catarina Martins arrepender-de de se ter voltado contra os ventos que puseram a nu, e puseram em causa - A FORÇA DO BLOCO QUE FAZ A DIFERENÇA - porque, afinal, não há diferença nenhuma, como revelou à saciedade este caso insólito que foi uma machada a mais na coerência dos políticos, salvo as honrosas excepções que as há - E ESSAS, SIM, É QUE FAZEM A DIFERENÇA - para bem da Democracia que tanto custou a conquistar.

O lodaçal...




O lodaçal em que se transformou - numa parte significativa a vida pública portuguesa - mercê da falta de respeito pelas nobres funções que deviam presidir em honra da Democracia conquistada, merece uma acerba censura de quem, como eu, sonhou com novas madrugadas com o advento da revolução de 75, ao ver a degradação e a baixa moral em que Portugal se transformou, esquecido como anda dos ancestrais moldes em  que se fundam as suas raízes.

Lamento dizer isto, mas faço-o em primeiro lugar para me ouvir a mim mesmo perdido que sinto o sonho das novas madrugadas anunciadas e, depois, para todos os meus compatriotas - os que me lerem ou não - para lhes dizer que não podemos, apesar do desencanto que sinto de deixar de acreditar na regeneração que, pelos meus anos, posso já não viver, mas que virá, um dia, para que o lodaçal dê lugar a um local mais aprazível e saudável.

Basta, para tanto, que os encarapuçados que enxameiam a vida pública, por eles mesmos tirem a carapuça ou sejam obrigados a tirá-la à força, na certeza que tenho que a regeneração se vai impor, traçando novas vias - mas vias direitas - porque, por demais as temos entortado, vivendo em becos escuros, quando ao lado passa a via direita da vida que o lamaçal não tem deixado alcançar.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

"Nós somos o que fazemos"...



Ao ler e reler esta frase do insigne homem da Igreja portuguesa, fiquei a pensar na razão que assistiu ao Padre António Vieira no momento em que a sua prodigiosa inteligência e conhecimento do mundo secular, lhe ditou este conceito luminoso, prenhe de sabedoria.

"Nós somos o que fazemos"!

Podem ser palavras radicais, ou mesmo palavras duras, mas é a partir delas que subimos um a um os degraus da escada da vida, pelo que, o ócio ou o desprimor como se encara o exercício vivencial ou é, fazendo, que estamos dentro da vida cumprindo com todas as vicissitudes que ela tem, ou é, agir ao contrário, e "durar" como acontece com as naturezas mortas.

Foi, talvez, por isso - para não viver durando -  que o Padre António Vieira teve uma vida tão preenchida, onde não houve tempos mortos porque todos eles foram cheios de uma vida que se fez até ao limite das suas forças e foi, por isso, que ele não durou no tempo que lhe foi dado viver, para ficar como um exemplo humano a durar depois da vida o ter deixado e, de tal modo, que ainda hoje é uma personagem que dura na nossa lembrança humana.

São diferenças a reter... e a meditar!

in, Sapo 24 de 27 de Julho de 2018
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Convocado o Conselho de Ministros Alexis Tsipras em face do terrível incêndio que ceifou dezenas de vidas humanas perto de Atenas,  disse desejar "assumir integralmente perante o povo grego a responsabilidade política desta tragédia" .

Palavras a reter de um homem a quem tiro o meu chapéu!

Por cá, quando deflagrou o incêndio de Pedrógão Grande em 2017, com dezenas de vidas humanas sacrificadas às chamas inclementes, por incúria das comunicações que o Estado tinha a obrigação de prover, António Costa - Primeiro.Ministro de Portugal - foi de férias nos primeiros dias de Julho...

Diferenças que fazem a diferença e me levam a não ter respeito político por António Costa, que muito embora tivesse as férias marcadas mandava o bom senso ter ficado por cá a viver o problema e que se saiba, nem sequer admitiu responsabilidades políticas à respectiva Ministra, de que aceitou a demissão por força da intromissão do Chefe do Estado quando deflagraram os incêndios de Setembro de 2017.

São diferenças a reter... e a meditar!

terça-feira, 10 de julho de 2018

"Minha religião"...



De cedência em cedência...


Eu - como muitos portugueses -  bem sabemos porque foi que Portugal cedeu a Angola e, agora, desde o Chefe do Governo ao Chefe do Estado todos andam "curvados" a cantar loas ao regresso da normalidade de relações políticas e diplomáticas com a antiga Província ultramarina.

O que se lamenta é termos cedido, atropelando a nossa própria Lei Fundamental que separa os Poderes entre a Justiça e o Estado, abdicando dela para satisfazer o Estado angolano, quando tal cedência é um "ajoelhar" por uma necessidade económica, fruto de Portugal na sua geografia interna e externa não ter sido capaz de ter criado condições sociais e económicas para não deixar fugir os seus filhos. 

Isso eu lamento, porque tudo tem sido uma falácia, desde o ter acabado a austeridade, uma máxima tantas vezes repetida que levou alguns portugueses a acreditar nesse "milagre" económico, quando, como se vê com o próximo Orçamento do Estado andam por aí, à solta, embustes, demagogias e chantagens.

E, também aqui, de cedência em cedência, este governo - que nunca o devia ter sido pela forma como se criou - está a subir em cada dia a Dívida Pública, a maior de sempre, com um máximo histórico no mês decorrente de 250.313 milhões, um valor que a todo o custo se quer deixar na sombra, porque a realidade é cruel.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Lembrando a última morada de Nossa Senhora (no monte Koressos-Éfeso-Turquia)



                 Oração à Virgem Maria

Senhora Virgem Maria,
Aqui no alto do monte de Koressos,
- Uma terra diversa da tua Nazaré, da Galileia do teu tempo -
Foi aqui que viveste os últimos dias da tua vida de Glória e Dor,
E de aceitaçao ao SIM que deste ao Anjo da Anunciação.
Um SIM que repetiste a convite de São João,
Por te lembrares das Palavras de Teu Filho, Jesus,
Quando no momento glorioso em que agonizava na Cruz do Calvário
Te entregou ao cuidado do seu discípulo amado: 

                                           “Eis aí a tua Mãe”.

Acompanhaste-o, porque ele  queria completar em Éfeso,
A obra iniciada por São Paulo, e assim vieste com ele,
Para com a tua Oração e  conselho o ajudares a fundar novas Igrejas
Para a difusão da Fé Cristã.

Neste dia, Senhora Virgem Maria,
Neste local sagrado que foi tua morada e onde já vieram
Alguns dos Papas que se assentaram na Cadeira de São Pedro,
Acolhe, Senhora, este grupo de peregrinos
Que subiu o monte que encheste de Graça,
E, onde, certamente, ouviste de São João o relato das visões de Deus
Que lhe permitiram a escrita do Livro do  Apocalipse.

Estamos aqui,
Para te dizer, as mesmas palavras que um dia ouviste de Isabel,
Grávida de São João Baptista, e que ao ouvir a  tua saudação,
Sentiu que que o seu menino “saltou no seu ventre”,
E cheia de contentamento, disse:

 “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o filho do teu ventre”.

Aceita, Senhora, que aqui, no ciimo deste monte,
Repitamos as mesmas palavras de Isabel,
Porque não sabemos, como te dizer por palavras nossas,
O que sentimos por estarmos aqui, agradecendo, também,
O  “Filho do teu ventre” e lembrarmos a Sua Morte Gloriosa,
de que tu, sofrendo-a, te tornaste “Senhora das Dores”.
Aceita, por isso, o nosso reconhecimento, por sabermos,
Que lá do fundo das dores que sofreste é que nasceu o Amor que te temos.

Senhora Virgem Maria, “medianeira de todas as Graças”.
Pedimos-te que intercedas por este grupo de peregrinos,
Que cheios de amor vieram visitar a última casa onde viveste.

Amen.


sexta-feira, 6 de julho de 2018

Subir a pulso...



http://www.sapo.pt/noticias/atualidade de 6 de Julho de 2018
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O ex- Chefe do Estado Aníbal Cavaco Silva ao falar, ontem, a jovens entre os 17 e os 17 anos envolvidos na obra dos Empresários Pela Inclusão Social (EPIS), uma Associação de apoio a estudantes em risco de insucesso escolar, por proposta sua em 2006, chamou-lhes a atenção para o seu próprio percurso de vida começado na educação que lhe serviu de "elevador social", referindo que partiu de baixo, de um escalão social humilde que lhe permitiu chegar acima.

Frisou: "É minha convicção profunda que a educação é o veículo fundamental para o combate à exclusão social, para a igualdade de oportunidades, para a mobilidade social e para se subir a escada da vida", para acrescentar, a seguir: "Estes jovens que estão aqui têm a responsabilidade de mostrar que é possível partir de baixo e chegar lá acima. Foi o mesmo que aconteceu comigo, eu parti de baixo e lutei muito para chegar lá acima. Nada se consegue sem trabalho".

E foi neste clima sadio e educacional que os jovens foram alertados para prosseguirem a sua caminhada de vida até atingirem o Ensino Superior ao nível da Universidade ou Politécnico, acenando-lhes com esta possibilidade, se assim procederem: "Convençam-se que um de vós pode chegar lá ao topo. Na vossa idade nunca pensei que chegaria a ministro das Finanças, a primeiro-ministro e jamais me passou pela cabeça que um dia podia ser Presidente da República. Um de vós pode chegar lá".

Eu sei que que uma certa esquerda política Cavaco Silva não "morre de amores" por ele, esquecendo-se do seu percurso de vida, preferido aqueles que nasceram em "berços de ouro", razão suficiente que me leva a não ter grande respeito político por aqueles que assim pensam, com a agravante de sendo - como eles afirmam - os que estão sempre ao "lado do povo" se opuseram de um modo pouco digno contra este homem que foi na política portuguesa, com o seis erros - quem os não tem? - dos mais sérios que emergiram no pós 25 de Abril de 1974.

A História, um dia, esbatidas as malquerenças dos homens seus adversários políticos, far-lhe-á a justiça que hoje, uma certa esquerda lhe nega despudoradamente, quando Aníbal Cavaco Silva é - e será por muitos e longos anos - uma referência de valor humano a ter em conta, por pertencer à plêiade dos raros homens que subiram a pulso a escada da vida.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

"A imaginação é"...



O INFARMED para o Porto?



Só uma política sem  "miolo" servida por homens do mesmo jaez é que se lembram que é possível mudar de raiz um Organismo Público como o INFARMED relocalizando-o a mais de 300 kilómetros, levando atrás famílias inteiras, onde avulta o eventual desemprego para um dos membros da casal a curto, médio ou longo prazo, pelo que a esta política desumana está faltando o "miolo", até porque atrás de tudo isto estão os filhos e em muitos casos, naturalmente, os idosos que vivem com os filhos e netos.

Mas é o que temos...

António Costa bem precisa de ser mais "humano" e deixar-se de caprichos políticos, porque esta decisão a concretizar-se é uma desumanidade, em primeiro lugar e,  depois, uma desnecessidade!


"Criámos a época da velocidade"...



"Só existem"...



terça-feira, 3 de julho de 2018

Uma pedrada no charco...


in, Jornal "Sol" online
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Uma pedrada no charco foi dada, agora, por Frei Bento Domingues com esta sua afirmação cheia de uma verdade tão grande como é a sua postura religiosa e política ante uma mundo às avessas, que só não vê quem quer, mas lhe causa engulhos, porque vivemos ao contrário, tendo mandado para o "baú do esquecimento" os valores mais sólidos que formam um povo e se prende, todos eles à Mensagem que atraiu este homem preclaro que tem a coragem de dizer esta frase a um Mundo distraído.

A um Mundo que vive, por demais, nas trevas que ele mesmo criou!


Chantagem, não!


in, Expresso online de 3 de Julho de 2018
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Chantagem, não!

Foi isto, precisamente que fez Carlos César: chantagem, como se dissesse para o Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP), ou alinham de novo com o Partido Socialista (PS), ou voltam a ser partidos irrelevantes do ponto de vista nacional, como eram antigamente as vossa vozes de protesto e nada mais.

Ora isto é chantagem.

O Partido Socialista antevê com muita dificuldade uma maioria absoluta nas eleições legislativas de 2019 e, por isso, precisa, pelo menos, de uma das duas muletas.
Eis, porque, de um modo subreptício vem acenar com o seguinte mote: Ou assumem "responsabilidade" ou voltam ao "isolamento"...

Foi isto que deu à politica portuguesa o "golpe" de António Costa em 2015.
Jogo de bastidores quando o jogo devia ser feito às claras do povo e não cozinhado como foi nas sombras em que para conquistar o poder o Partido Socialista, numa cambalhota contra o seu passado histórico se aliou com os mesmos a quem, hoje, numa outra jogada pretende aliciar, não vá, como diz o povo, "o diabo tecê-las".