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sábado, 2 de junho de 2018

Caminho com Deus!

Até no horizonte mais fundo, os carris na saída, 
têm a mesma distância!

CAMINHO COM DEUS
            Estreita-se o caminho,
mas com Deus no caminho é sempre larga 
               a porta da saída!

Eu sigo com Deus
que me deu seu Caminho!
Com Ele não sigo em vão,
nem vou sozinho!

Olho de frente
p´ró  caminho da vida
e nada me atormenta
pois vejo sempre larga
a porta da saída!

Viver é ter presente
o ponto de partida.
Não vivendo com Deus
é que nós estreitamos
o caminho da vida!

Conforta-me saber
que Ele me dará
na minha saída,
a largura da porta
por onde entrei, um dia,
ao encontro da vida!

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Estás comigo, Senhora.



Por Ti, Senhora
Que vens de longe a encher o espaço
E a dar sentido a qualquer hora,
Queria dar-Te, aqui e agora
Tudo quanto faço!

Aceita, Senhora, este pequeno nada
Pelo muito que mereces!
E ajuda-me a enaltecer a madrugada
Do dia em que conheci a estrada
Onde sempre aconteces!

Por Ti, Senhora, sou o andarilho
Que vive a vida contente
Por me sentir teu filho
E andar correndo no trilho
Que me deste de presente
Quando eu era menino.

Obrigado, Mãe do Céu!
Sinto-me em Ti pequenino,
Mas grande neste destino
De contigo me sentir bem.
Por Ti, Senhora, fico aqui
E jamais me irei embora
Porque estou preso da hora
Em que Te conheci!

Não te peço o mesmo a Ti.
Tu és Mãe e não me deixas!
Estás comigo, Senhora,
Para ouvir as minhas queixas!

Senhora:

Sempre que os meus olhos têm a graça de repousar comovidos em cima desta tua bela Imagem com o Menino-Deus a dormir sossegado em teus braços, e tu a agradecer àquele Céu algo carregado, onde lias os Sinais dolorosos que estavam guardados para o teu Menino, sinto que Aquele Menino que me deste - e a todos os homens - é o Irmão mais velho de um qualquer de nós, homens vulgares, filhos do mesmo Deus e que o teu Amor acarinha.

Neste dia, que tem de singular para mim o facto de continuar vivo por uma graça que me cumpre agradecer, deixo-te aqui este poema para te dizer que sinto que, pelo poder Altíssimo da Graça de Deus, tu és Mãe da minha mãe e eu, irmão do teu Filho e, que,

Por Ti, Senhora, sou o andarilho
Que vive a vida contente
Por me sentir teu filho
E andar correndo no trilho
Que me deste de presente
Quando eu era menino.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Oração do Peregrino




ORAÇÃO DO PEREGRINO

Eu sou, Senhor,
Um peregrino
Sempre de viagem.
E em Ti,
Desde que me conheço
Penso e aconteço.

Mas, às vezes, 
Não sei como trepar
Sobre o muro que aparece!

Por isso, Senhor,
Dai-me sempre
A coragem serena
Para aceitar
Aquilo que Tu queres,
Como se cada dia
Contigo, 
Fosse um novo começo.
Ajuda-me a receber
e a amar  o que me dás.
E não aquilo que às vezes
Erradamente,
Julgo que mereço!


(De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO)

quarta-feira, 3 de maio de 2017

ÊXTASE



  
            ÊXTASE
  
Não quebres o encanto desta hora.
Ergue as tuas mãos em prece
E ora!

Lembra-te, irmão,
De que há sempre um instante
Para dizermos um “não”
E seguirmos adiante!

É o espaço breve dum minuto...
Basta o mal ceder ante o bom senso
P’ra se sentir o coração enxuto
E a brotar dele um rio imenso!

Deixa transbordar esse rio
Para ser largo e  profundo...
Ainda que seja um ténue fio
Faz falta no mar do mundo!

Não quebres, pois, o encantamento.
Lembra-te, irmão, que na vida
Há sempre um doce momento
Que  faz cantar a alma adormecida!


(De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO)

terça-feira, 2 de maio de 2017

Fim de Tarde



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 FIM DE TARDE  


          Naquela tarde outoniça
O sol caia manso sobre o mar...
Muito lento, tomado de preguiça,
Foi-se morrendo devagar.
E ao longe na amplidão das águas
O astro-rei
Levou com ele sonhos e mágoas
E tudo enterrou no grande mar!

E eu, finito na minha pequenez,
Vi assombrado como ali adiante,
Redondo, num fogo e a meus pés
Tombou exausto aquele gigante!

Oh! Deus... quem em Ti não crê?
 - Quem pode duvidar de Ti?
Talvez, aquele que vendo, não vê
Este quadro de sonho que eu vi!

Ao longe, Senhor, eu vi a imagem Tua
A enterrar o Sol no mar profundo
Para depois, no arco da Lua
Te voltar a ver... a’braçar o Mundo!


(De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO)

Evocação



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EVOCAÇÃO

Oh! Noites de oração...
Doces e santas! noites devotas!
Passadas no antigo salão
Que é um marco, uma recordação
Presente nas minhas rotas...

Vinde, por Deus!
Oh! Noites de oração! Noites sagradas
Que subiam para os Céus...
Vinde, noites passadas!

Oh! Noites sem par!
Místicas como uma alma pura.
Sois uma saudade no meu altar
E uma lembrança a sonhar
Com aquela antiga ventura!

Noites luarentas,
Aonde estais? Aonde?... À infância
Levo os olhos muito atentos
E é lá, num perfume bento
Que as vejo na distância!

Oh! Noites puras!
Serenas como cruzes na tempestade.
Noites de oração, tão longe...
- Aceitai uma saudade!

(De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO)

segunda-feira, 1 de maio de 2017

DESEJO ÍNTIMO



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 DESEJO ÍNTIMO

Cá vou, feito arauto e caminheiro
A emendar rotas que eu mesmo faço.
Cá vou, procurando estar inteiro
Em todos os caminhos onde passo!

Só que às vezes sinto-me partido,
Um caco velho de um cântaro d’água!
E com se a vida tomasse outro sentido
Nem sempre sei sair da minha mágoa!

Mas é, no juntar dos cacos que vejo
Quanto de grandeza existe em refazer
O caminho real e vivo... neste desejo
De ser eu mesmo, inteiro no meu ser!

Que Deus me ajude  a erguer o braço
Para apontar os caminhos que procuro
E seja em cada hora menos baço
E rompa a minha luz o canto escuro!

Que eu tenho uma obra p’ra acabar...
Esta que Deus tornou o meu anseio:
- Ser como a ave que passa a chilrear
Mas sem perder o ramo donde veio!


(De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO)
  

Convite



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CONVITE


Sou um cantor à beira do caminho
E embora sejas surdo à trova que te canto
Podes contar com todo o meu carinho.

Antes de ti no mundo já corri a estrada
Que me ensinou a crer e me moldou...
Por isso é que te vejo na encruzilhada

- E eu sei por onde vou!

E é também, por isso,
Porque já corri o teu caminho em vão
Que devo estar de serviço
E dar-te a minha mão!

Chegou o teu momento.
Agora terás de escolher
Entre a pétala ao vento
Que se deixa morrer
E a árvore fecunda que almejas.
Ergue-te e sê assim...
- É assim que Deus quer que sejas!
A nossa vida, crê, é uma aventura.
- Vive-a.
E de onde quer que estejas
Desce da tua falsa altura...

Vem comigo!

Sendo, embora, de outra idade
Deixa-me partir contigo
Em busca do doce abrigo
Que é a  nossa eternidade!


De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO

Com Jesus no Hospital



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COM JESUS NO HOSPITAL


Na pequena Capela do Hospital
Estavas só e fiz-Te companhia.
Estavas ali, num Sacrário de metal
E ao entender esse místico sinal
Rezei a Tua Mãe uma Ave-Maria!

Ao  longe, embora se visse mal,
A vidraça nua mostrava em fundo
A praia de Carcavelos, o areal,
E gente que fruía o Sol do mundo.

Dei graças por aqueles irmãos
E com a mão sobre o Evangelho
Pedi para os tormentos malsãos
A Tua bênção de Irmão mais velho!

Depois,

No meu carrinho bem pequeno
Recuei, bebendo  o espaço
Onde rezei todos os dias.
E nessa postura e num aceno
Corri a porta de couro e aço
Da humilde Capela onde vivias!

Hospital José de Almeida
9 de Novembro de 2004

De um livro a publicar sob o título´
VELA AO VENTO

domingo, 9 de outubro de 2016

Caminho do Homem Novo


  
CAMINHO 
DO HOMEM NOVO


Hoje,
Vejo doutra sorte o mundo...
Cansado dos dias vãos
Alinhei os meus problemas
E parti as duras algemas
Que me tolhiam as mãos
E as mergulhavam no fundo!


Hoje,
Recuso ser  aquela peça
Que foi parte da engrenagem
Mas que nada diz agora!
Já não estou... fui-me embora.
Rumei para outra viagem
Confiante no que aconteça!


Hoje,
Sou muito mais profundo...
Porque me sinto. Sou eu
Neste dia - jamáis visto -
Em que vi sinais de Cristo
Escritos no alto do Céu
E em cada irmão no mundo!

1977
 (De um livro a publicar sob o título~
VELA AO VENTO)

sábado, 16 de julho de 2016

Cantiga a Nossa Senhora da Lapa



CANTIGA
A NOSSA SENHORA DA LAPA


É num encanto que em vós
Nossa Senhora da Lapa          
Vejo a nascente e a foz                 Refrão
De um rio que é minha voz
Nas pregas da tua capa.

Refrão

Para ti minha voz canta
Com o desejo de quem destapa
Todo o amor que em mim descanta
A Estrela que vive na Santa
Que é Nossa Senhora da Lapa

Refrão
                                                   
Porque tu e eu somos nós,
Graças por Deus me chamar
De um tempo em que a minha voz
Andava a chamar por vós
Na esperança de te encontrar.

Refrão
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A Senhora da Lapa original encontra-se em Sernancelhe (Portugal) e de lá a devoção irradiou para todo o País e para o Brasil.

Foi para esta invocação da Mãe de Deus que após uma visita, num certo dia - já longe - a inspiração daquele momento se traduziu nesta "Cantiga", de homenagem à Senhora e ao local que, segundo a lenda, em 1498 uma jovem pastora ao infiltrar-se pelas fendas das rochas abundantes em cima do planalto encontrou a Imagem a coberto de uma lapa e que tudo leva a crer ali teria sido escondida desde os tempos da dominação mourisca, por volta do ano 900.

Desde então, os primeiros devotos prepararam uma gruta debaixo da lapa, tendo as peregrinações dos devotos não cessado até aos dias de hoje, com o local e a devoção entregue desde o século XVI aos padres da Companhia de Jesus,a quem coube a construção do actual Santuário que abriga no seu interior  a célebre penedia que serviu de recolha e abrigo à Imagem da Senhora da Lapa de Sernancelhe, que a par de Santiago de Compostela em Espanha, foram em tempos dos mais procurados em toda a Península Ibérica.

sábado, 26 de março de 2016

Nossa Senhora das Dores




NOSSA SENHORA DAS DORES

Nossa Senhora das Dores:
Teu olhar doce e profundo
Ficou quieto... sofrias!

Mas houve na vida mais cores
E passou a haver outro mundo
E que dantes, só tu vias!

Nossa Senhora das Dores,
Não me queixo ao pé de ti
Lembrando o teu sofrimento!

Mas se um dia as minhas dores
Forem de mais para mim
Dá-me todo o teu alento!    

De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO       
  

quarta-feira, 2 de março de 2016

Bato à tua porta




BATO À TUA PORTA


Estou aqui e bato à tua porta.

Não estranhes que me pareça
com o amigo importuno da parábola
e bata sempre, até ouvires, distinta
a minha voz de chamada.

Estou aqui e bato à tua porta.

É preciso que acordes...
que tomes o teu bordão de caminheiro
e te faças ao caminho,
levando aos teus ambientes
as palavras importantes que é preciso dizer
aos teus companheiros.

Não te cales.

Não sejas, mais um, a calar a voz de Deus
que amanhã, vai reclamar a tua presença.
Há, podes crer, omissões a mais...
cobardias  a mais...
e é preciso – e urgente – que não te cales,
porque é preciso endireitar o mundo.

É por isso, que estou aqui
e bato à tua porta!
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De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A Oração do Peregrino


A Oração do Peregrino

Eu sou, Senhor,
Um peregrino
Sempre de viagem...

E em Ti,
Desde que me conheço
Penso e aconteço
E vou trepando
Sobre o muro
Que às vezes aparece...


                                                        Por isso, Senhor,
Dai-me sempre
A coragem serena
Para aceitar
Apenas,
Aquilo que mereço
E não aquilo
Que tantas vezes
Erradamente procuro!
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De um livro a publicar sob o titulo
VELA AO VENTO

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A anfitreã Maria


A ANFITREÃ MARIA

Naquele tempo, Jesus, entrou em certa povoação. E uma mulher de nome Marta, recebeu-O e sua casa. Tinha ela uma irmã,  chamada Maria, que sentada aos pés do Senhor, se pôs a ouvir a palavra d'Ele.
                                              (Lc. 10, 38-39)
Senhor:

Quando entraste em sua casa
Alegrou-se o coração de Maria
Ardendo de coração em brasa
Das Palavras puras que ouvia!

Marta, ao invés, atarefada
Com a tarefa de mais um dia,
Não tendo a cortesia de sentir
O caminheriro da longa estrada
Que tudo ensinava e dizia,
Cuidou menos em O ouvir...

Maria:

Tu é que foste a anfitreã.
Tu é que beijaste os pés sagrados
Do terno Rabi!
Tu és, por isso, a doce Irmã
De todos os caminheiros cansados...

-Eu canto pata ti! 

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De um livro a publicar sob o título 
VELA AO VENTO