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quarta-feira, 2 de março de 2016

Bato à tua porta




BATO À TUA PORTA


Estou aqui e bato à tua porta.

Não estranhes que me pareça
com o amigo importuno da parábola
e bata sempre, até ouvires, distinta
a minha voz de chamada.

Estou aqui e bato à tua porta.

É preciso que acordes...
que tomes o teu bordão de caminheiro
e te faças ao caminho,
levando aos teus ambientes
as palavras importantes que é preciso dizer
aos teus companheiros.

Não te cales.

Não sejas, mais um, a calar a voz de Deus
que amanhã, vai reclamar a tua presença.
Há, podes crer, omissões a mais...
cobardias  a mais...
e é preciso – e urgente – que não te cales,
porque é preciso endireitar o mundo.

É por isso, que estou aqui
e bato à tua porta!
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De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO


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