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A notícia traz a data de 16 de Março de 2016.
A luta entre o partido do poder (a Frelimo) e os seus opositores da Renamo está para continuar, uma prova que a "nossa descolonização exemplar" só o foi para os que, na época, assim a denominaram, quando no caso de Moçambique, a começar em 1973, ainda com Marcelo Caetano no poder - o 1º acordo de paz - não foi aceite, bem como em Junho de 1974 - no pós-Revolução - restando mais conciliador o mês de Agosto, quando a Frelimo cessou a sua acção militar contra os portugueses de que resultou uma nova negociação em Setembro daquele mesmo ano, de novo em Lusaka com a transferência do poder para aquela organização, com o óbice da situação dos colonos não ter ficado bem definida, quanto às suas propriedades e restantes bens.
A pressa como tudo foi consumado, deixando latentes feridas mal saradas, são ainda hoje, males instalados nas força em confronto, pelo que, Moçambique é, um retrato triste do Portugal "revolucionário" que para além de não ter cuidado dos colonos que ali tinham arreigadas as suas vidas, deixou querelas intestinas mal resolvidas de que são exemplo os que, em fuga, procuram apoio no vizinho Malawi.
O Presidente Filipe Nyusi - que recentemente esteve em Portugal na posse do actual Presidente da República Portuguesa - onze meses depois de tomar posse como o quarto Presidente de Moçambique, assumindo, conjuntamente, a presidência da Frelimo, segundo fontes locais não tem o controle sobre a máquina governativa que torne possível a clarificação de uma linha política,
O Portugal de hoje, neste velho conflito nada pode fazer, mas lamenta-se que na época, a "descolonização exemplar" só o tenha sido para os que avisados a tempo se puseram a salvo.
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