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domingo, 27 de março de 2016

Algo há a fazer na nossa Democracia!




Costuma afirmar-se que a representação parlamentar tem o carácter de mandato, o que é erro grosseiro, tal como o vemos erigido no Parlamento, quando em boa verdade a noção de mandato só pode aplicar-se à representação que liga duas vontades individuais, referida a interesses concretos e nitidamente definidos, ou seja:

O representante eleito exprime e representa realmente uma vontade popular de um dado círculo que ele conhece e, porque existe, ele compromete-se a responder pelas suas aspirações e em cujo nome e interesse age e do qual está dependente e se torna responsável.

Não é isso que acontece, entre nós, pelo que o povo, verdadeiramente, salvo raras excepções, não tem no Parlamento, eleitos a quem possa pedir contas mas sim uns "ilustres desconhecidos" que lhe são impostos pelos Partidos nos respectivos cadernos eleitorais a que obedecem, quando o deviam fazer ao povo de onde dimanam.

Para quando se fará o que tem de ser feito?

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