VENHO DE LONGE...
Venho de longe...
Trago da velha escuridão
Uma luz a espelhar-se no lago
Da água-viva
Que é um afago
Onde embalo o coração!
Venho de longe...
Não trago ódio, nem fel,
Nem sonhos crus.
Trago um doce abraço
De quem retesou o nó
Que andava lasso...
mas ficou apertado
Com a força de Jesus
Ressuscitado!
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De um livro a publicar sob o
título
A Ressurreição de Jesus é o grande Mistério que ao longo dos séculos tem ocupado a mente de muitas gerações que, despreocupadamente, têm omitido as profecias que centram este passo como doutrina fundamental do Cristianismo, pois se Ele não tivesse ressurgido, não seria o Messias prometido desde os tempos amais antigos.
Ora, Jesus, segunda Revelação de Deus, foi um Espírito Puro que viveu entre os homens num dado tempo e lugar para lhes trazer a Mensagem de Deus. Ele mesmo o disse: Depois de eu ressuscitar, irei adiante de vós para a
Galiléia” (Palavras de Jesus, Mt 26.32).
E é, S. Mateus (16, 21) que afirma, ainda: Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos
que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos
sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia, tendo por guia o que ouvira do próprio Jesus: E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o
açoitem, e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará. Mt
20-19), tendo cabido a S. João (2, 19) a frase de Jesus: Destruí este tempo e em três dias eu o levantarei, sendo que o "templo" era o seu próprio Corpo, cabendo ao mesmo Apóstolo a frase depois de Jesus ter ressuscitado: Quando, pois, ressuscitou dos mortos, os seus discípulos
lembraram-se de que lhes dissera isso. (Jo 2.22).
Três dias na mansão dos mortos para depois ressuscitar para a Vida Eterna.
O Mistério é transcendental, mas se escapa à racionalidade que o não aceita por um princípio de vaidade humana, ele não escapa aos que, lendo as profecias mais antigas se deixam penetrar pelo insondável que existe na vida de Jesus Cristo que teve o poder de vencer a Morte.
Vitória, tu reinarás, canta o coro da Catedral de Coimbra, num registo notável que bem merece ser ouvido e meditado na grande profundidade mística do Mistério que é - e será para sempre - a Ressurreição de Jesus.
A vitória de Cristo sobre o poder da Morte, será para sempre uma interrogação dos menos atentos à ecleologia de uma Vida que, se não lhe tivesse acontecido o que estava predito seria vã a fé dos homens, domo disse S. Paulo, o grande convertido da estrada de Damasco, que se havia de tornar o mais célebre doutrinador evangélico de Jesus, ao abandonar a Escola de Gamaliel, onde a velha lei, com a vinda de Cristo, deixou de fazer sentido para a visão da nova realidade que se abriu com a Cruz.
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