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terça-feira, 2 de maio de 2017

Fim de Tarde



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 FIM DE TARDE  


          Naquela tarde outoniça
O sol caia manso sobre o mar...
Muito lento, tomado de preguiça,
Foi-se morrendo devagar.
E ao longe na amplidão das águas
O astro-rei
Levou com ele sonhos e mágoas
E tudo enterrou no grande mar!

E eu, finito na minha pequenez,
Vi assombrado como ali adiante,
Redondo, num fogo e a meus pés
Tombou exausto aquele gigante!

Oh! Deus... quem em Ti não crê?
 - Quem pode duvidar de Ti?
Talvez, aquele que vendo, não vê
Este quadro de sonho que eu vi!

Ao longe, Senhor, eu vi a imagem Tua
A enterrar o Sol no mar profundo
Para depois, no arco da Lua
Te voltar a ver... a’braçar o Mundo!


(De um livro a publicar sob o título
VELA AO VENTO)

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