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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Uma data para lembrar!


Uma data para lembrar: A chegada do Papa Francisco a Portugal, nao em visita de Estado, mas em visita de peregrino, o que faz toda a diferença!


Deslocação do Papa em Monte Real para a Capela da Senhora do Ar
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Eu vi lágrimas de alegria nos olhos de jovens portugueses e senti que ao verem aquele homem vestido de branco - que está a dar um novo rosto à Igreja Romana, prosseguindo um caminho que vem desde Leão XIII e se acentuou a partir de João XXIII - aqueles jovens eram sinceros naquelas lágrimas, na espera confiante de um Mundo melhor, que é, afinal, uma das grandes Mensagens da Nova Igreja e do Papa Francisco, cujo lema é mandar os seus Bispos e Sacerdotes para os lugares mais periféricos das cidades, onde o vício e a droga marginalizam os seus residentes e chamá-los à realidade de um Mundo que não pode ser feito com eles marginalizados.


Eu vi lágrimas de alegria que foram sinais de esperança e o meu pensamento voltou-se para o nº 53 da Exortação Apostólica do Papa Francisco "Evangelii Gaudium" (A Alegria do Evangelho), onde ele proclama:

Não a uma economia da exclusão

Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». 

Esta economia mata. 

Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o facto de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. 

Em consequência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do «descartável», que aliás chega a ser promovida. 

Já não se trata simplesmente do fenómeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são «explorados», mas resíduos, «sobras».


Retenhamos um frase do Papa: 

Esta economia mata.

E é que mata mesmo!
Que a voz do Papa Francisco que hoje se fez ouvir em Portugal, continue assim a falar direito a esta economia que é matriz dos deserdados da sorte, seja, individualmente, seja colectivamente.

Esta economia mata.

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