Esta carta invulgar, bem o sei, tem um destinatário bem conhecido, mas também sei não há carteiro humano que a faça chegar aonde eu quero que não seja este carteiro invulgar que é o meu coração, lembrando-se que está prestes a chegar a Portugal o Papa Francisco, cuja missão - entre tantas que não têm conto - é fazer lembrar a cada criatura que cada uma devia ser, se não é, "SAL DA TERRA", que assim o disse Jesus e o Papa Francisco sendo pela sua alta missão o seu fiel representante, tem sido isso: SAL DA TERRA.
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Aqui vai o teor da minha carta.
Senhor Jesus:
Seguindo a sabedoria que usavas
para que compreendessem tudo o que dizias e porque sabias que era costume na
Palestina do Teu tempo, apanhar-se sal nas margens do Mar Morto... muito dele
sem préstimo, por ser impuro.
Tu, Senhor, sabendo que tudo
quando dizias era são e era bom para todos, num certo dia, no meio de uma
reunião com os Teus apóstolos disseste-lhes,
esta coisa aparentemente estranha: Vós sois o sal da terra.
E nesta alegoria, o sal de que
falaste, ao invés do outro, impuro e sem sabor que era deitado no monturo, tinha,
no modo singular como costumavas falar das coisa santas de Teu Pai, toda a pureza, pois era assim que
devia ser preservada a Tua Palavra.
Senhor Jesus:
Faz que sejamos hoje, neste tempo
magro e amarguradamente ensosso como
foram os teus apóstolos - sal da terra.
Faz que à nossa volta, o mundo
que passa, tão necessitado de um novo sabor que dê à vida um outro encanto e um
outro modo mais puro de a viver, aprenda, que só o sal de que falaste é que
pode renovar a vida interior, pois só ele é que tem um sabor eterno e pode
purificar todos os caminhos.
É preciso - e Tu bem sabes - que os homens ponham um colorido mais
vivo em todos os seus passos... ajuda-nos, por isso, Senhor, a pôr os nossos
pés em cima dos Teus sinais!
Ajuda-nos a estar do Teu lado...
a ser Contigo um sal precioso neste mundo. Faz, Senhor, que o nosso gesto seja
sempre o de dar gosto à vida.
Para tanto, faz que a nossa fé se
leia, muito mais que nas nossas faces, em cada um dos nossos comportamentos...
mesmo nos mais vulgares!
Faz, que sejamos, com a Tua
Palavra um alimento sempre temperado, pois, de que nos serve andarmos por aí,
comendo fartos manjares se neles está ausente o sal que Tu quiseste, fossem os
Teus apóstolos?
De que nos servem os momentos de
alegria... se no fim o gosto que fica é um sentimento de culpa, de não Te
termos levado connosco para a vida?
Faz, Senhor, que a diferença
entre um crente e aquele que não crê em Ti, seja precisamente o sal da terra...
aquilo que dá sentido à nossa fé.
Faz, Senhor, que este mundo que é,
em tantos lugares, um Mar Morto, com margens corrompidas e onde flui o sal
impuro que a nada dá sabor, refresque as águas paradas e das suas margens
renasçam os homens novos que sejam sal da terra!
Faz, Senhor, que eu seja, embora
indigno da grandeza dos Teus apóstolos um punhado de sal... pequenino... mas
que possa, com ele, dar um renovado
sabor dentro do meu lar, no meu emprego, na bicha do autocarro que tarda sempre
ao fim da tarde e seja assim, também,
dentro da Igreja onde costumo ouvir a Tua Palavra.
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