Ao ler e reler esta frase do insigne homem da Igreja portuguesa, fiquei a pensar na razão que assistiu ao Padre António Vieira no momento em que a sua prodigiosa inteligência e conhecimento do mundo secular, lhe ditou este conceito luminoso, prenhe de sabedoria.
"Nós somos o que fazemos"!
Podem ser palavras radicais, ou mesmo palavras duras, mas é a partir delas que subimos um a um os degraus da escada da vida, pelo que, o ócio ou o desprimor como se encara o exercício vivencial ou é, fazendo, que estamos dentro da vida cumprindo com todas as vicissitudes que ela tem, ou é, agir ao contrário, e "durar" como acontece com as naturezas mortas.
Foi, talvez, por isso - para não viver durando - que o Padre António Vieira teve uma vida tão preenchida, onde não houve tempos mortos porque todos eles foram cheios de uma vida que se fez até ao limite das suas forças e foi, por isso, que ele não durou no tempo que lhe foi dado viver, para ficar como um exemplo humano a durar depois da vida o ter deixado e, de tal modo, que ainda hoje é uma personagem que dura na nossa lembrança humana.
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