Quando eclodiu em Portugal no século XIX o Movimento da Regeneração cujo início se pensa ter nascido da conspiração em 7 de Janeiro de 1851 do Marechal Saldanha contra o ministério de Costa Cabal, muito embora esta tivesse abortado e obrigado o conspirador a fugir para a Galiza, a semente ficou a germinar no chão inconsequente da política nacional até que, no fim daquele mês, o Movimento sai vitorioso no Porto com o apoio dos irmãos Passos - Passos Manuel e José da Silva Passos - e vai buscar a Lobios o refugiado Marechal que não tarda, de novo em solo nacional a dirigir-se a todos os Governos Civis, empenhado em acabar de vez com o "funesto sistema" apelando para a necessidade de um "grito nacional".
De toda esta movimentação veio a surgir a insurreição militar do dia 1 de Maio de 1851 que levou à queda do governo de Costa Cabral e, consequentemente, das políticas de inspiração setembrista, uma ala esquerdista do movimento liberal da Revolução de Setembro que defendia a "soberania popular" contra a Carta Constitucional de 1826, substituindo-a por uma constituição eleita pelo povo, de que veio a resultar que aquela corrente política se tivesse dividido entre moderados e radicais, havendo alinhado na corrente dos primeiros, figuras políticas como Fontes Pereira de Melo que veio a tornar-se uma figura de proa da Regeneração até à eclosão da "Janeirinha" em 1868 que levou o "Partido Reformista" ao poder.
A "Janeirinha", um Movimento contestatário eclodiu a 1 de Janeiro de 1868, contra o "fontismo" , ou seja, contra os investimentos em Obras Públicas que o tinham caracterizado, para além do seu carácter regenerador do sistema político de então, desejando estabelecer de forma definitiva o liberalismo com a introdução imediata do Acto Adicional de 1852 à Carta Constitucional de 1826 a que se seguiu o fomento dos transportes e comunicações com o fim de quebrar o isolamento de parte substancial da área nacional, longe da faixa litoral, com a criação do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, confiado a Fontes Pereira de Melo.
Este é o relato histórico que aponta o atraso de que Portugal veio a sofrer com a "Janeirinha" e cujos reflexos ainda hoje se sentem, sobretudo no atraso do interior de Portugal, onde faltam rodovias de qualidade e comunicações de que as falhas comunicacionais dos incêndios de Junho e Outubro do ano passado são um triste exemplo, porque os políticos do nosso tempo se têm comportado algo parecidos com os da "Janeirinha" de 1868, a olhar com mais acutilância para a faixa litoral que orla a costa atlântica desde o Minho ao Algarve, deixando o interior à sua sorte madrasta.
E se fôssemos regenerar Portugal?
Pensemos nisso, com a certeza que não basta só dar atenção ao interior esquecido de Portugal, mas à regeneração das consciências, porque no momento que passa, o Partido Socialista - é a nossa "Janeirinha" do século XXI - que quase acabou com as Obras Públicas para se fixar no "déficit" e com isso agradar a Bruxelas algo que tanto combateu no tempo do injustiçado - por agora - Passos Coelho, tendo deixado crescer por demais a nossa dívida externa.
De toda esta movimentação veio a surgir a insurreição militar do dia 1 de Maio de 1851 que levou à queda do governo de Costa Cabral e, consequentemente, das políticas de inspiração setembrista, uma ala esquerdista do movimento liberal da Revolução de Setembro que defendia a "soberania popular" contra a Carta Constitucional de 1826, substituindo-a por uma constituição eleita pelo povo, de que veio a resultar que aquela corrente política se tivesse dividido entre moderados e radicais, havendo alinhado na corrente dos primeiros, figuras políticas como Fontes Pereira de Melo que veio a tornar-se uma figura de proa da Regeneração até à eclosão da "Janeirinha" em 1868 que levou o "Partido Reformista" ao poder.
A "Janeirinha", um Movimento contestatário eclodiu a 1 de Janeiro de 1868, contra o "fontismo" , ou seja, contra os investimentos em Obras Públicas que o tinham caracterizado, para além do seu carácter regenerador do sistema político de então, desejando estabelecer de forma definitiva o liberalismo com a introdução imediata do Acto Adicional de 1852 à Carta Constitucional de 1826 a que se seguiu o fomento dos transportes e comunicações com o fim de quebrar o isolamento de parte substancial da área nacional, longe da faixa litoral, com a criação do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, confiado a Fontes Pereira de Melo.
Este é o relato histórico que aponta o atraso de que Portugal veio a sofrer com a "Janeirinha" e cujos reflexos ainda hoje se sentem, sobretudo no atraso do interior de Portugal, onde faltam rodovias de qualidade e comunicações de que as falhas comunicacionais dos incêndios de Junho e Outubro do ano passado são um triste exemplo, porque os políticos do nosso tempo se têm comportado algo parecidos com os da "Janeirinha" de 1868, a olhar com mais acutilância para a faixa litoral que orla a costa atlântica desde o Minho ao Algarve, deixando o interior à sua sorte madrasta.
E se fôssemos regenerar Portugal?
Pensemos nisso, com a certeza que não basta só dar atenção ao interior esquecido de Portugal, mas à regeneração das consciências, porque no momento que passa, o Partido Socialista - é a nossa "Janeirinha" do século XXI - que quase acabou com as Obras Públicas para se fixar no "déficit" e com isso agradar a Bruxelas algo que tanto combateu no tempo do injustiçado - por agora - Passos Coelho, tendo deixado crescer por demais a nossa dívida externa.
in. "Observador" de 1/3/2018
Eis, porque, se torna urgente regenerar Portugal, na certeza que antes da regeneração que é preciso fazer no tecido económico, urge regenerar com um "grito nacional" como o Marechal Saldanha fez em 1851 o tecido mais nobre que é o conjunto dos homens e mulheres de Portugal, contra eventuais "geringoças" futuras, inadmissíveis e fracturantes da vida nacional, como foram os "reformistas" da "Janeiriinha" que não tardariam muito tempo sem pedir, em Julho de 1869 um grande empréstimo internacional à casa bancária "Fruhling & Gosch - como podemos ler em "O Portal da História, Cronologia do Liberalismo - O Fontismo de Julho de 1868 a 1890", o que prova que vem de longe o nosso estender de mão à economia estrangeira que em Portugal - com raras excepções - não temos sabido fazer.
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