A Virgem
Maria acreditou na palavra do Anjo, e, sob a inspiração do Espírito Santo,
Isabel proclamou essa bem-aventurança: “Bem-aventurada tu, que creste, porque
se hão-de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1, 45).
Segundo a expressão de Santo Agostinho, “Bem-aventurada tu, que creste, porque
se hão-de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas”” (De
virginitate, c. 9). A intimidade divina, à qual sua incomparável santidade lhe
dá acesso, está infinitamente acima do conteúdo natural da maternidade.
J.M.Perrin, O.P.
O Evangelho da Alegria
O Arcanjo da Esperança,
da Anunciação e da Revelação, trazia na trombeta, como é costume ser
representado, a voz de Deus.
Voz poderosa do Espírito Santo que se fez ouvir e insinuar no seu Imaculado Coração.
Se é natural que qualquer grávida peça a Deus que o filho que traz no ventre, ao nascer não seja só para o Mundo, mas sobretudo, que nasça para o seu coração de mãe, este desejo humano fez-se em Maria um desejo divino como se, com o "SIM" dado a Gabriel tivesse dito: desde este momento o Filho de Deus que mora em mim, já nasceu em meu coração, porque no grande Mistério daquela maternidade cumpriu-se o desejo que tinha atravessado todos os tempos desde a primeira aurora da Criação.
Efectivamente, se a maternidade acolhida pelo seu Imaculado Coração, como disse o Santo de Hipona estava infinitamente acima do conteúdo natural da maternidade que se iria efectivar naquele Filho, o Amor dilecto do Pai unido ao amor espiritual de Maria, desde logo, este acontecimento que veio mudar a História dos homens passou a encher o seu coração de mãe, na expectativa de ver no Menino que ia nascer a Luz maior projectada na sua humilde casa de Nazaré e, depois, para todo o Mundo.
O seu Imaculado Coração foi - e é - o depósito mais santo de todas as graças, porque nele se fundiu, misteriosamente, o Amor de Deus com todos os homens, especialmente com todas as mães.
Assim, se todas desejam que os seus filhos nasçam para o Mundo mas também, para os seus corações, como não teria sido o êxtase de Nossa Senhora ao sentir-se invadida por aquela força angélica que faria mais tarde, ressonância no lugarejo de Ain-Karin, morada de Isabel, que tocada pelo poder da graça, lhe diria: Bem-aventurada tu, que creste, porque se hão-de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas (Lc 1, 45), e estas coisas, factos extraordinários, só poderiam acontecer pelo facto de naquele corpo de aspecto comum, viver um Coração que estava acima da vulgaridade do condição estritamente humana, porque nela havia a chama de Deus, e de tal forma assim era, que Santo Agostinho, ao referir-se à maternidade, que ele via em Nossa Senhora num plano muito elevado, muito acima da esfera humana, disse: A intimidade divina, à qual sua incomparável santidade lhe dá acesso, está infinitamente acima do conteúdo natural da maternidade.
Voz poderosa do Espírito Santo que se fez ouvir e insinuar no seu Imaculado Coração.
Se é natural que qualquer grávida peça a Deus que o filho que traz no ventre, ao nascer não seja só para o Mundo, mas sobretudo, que nasça para o seu coração de mãe, este desejo humano fez-se em Maria um desejo divino como se, com o "SIM" dado a Gabriel tivesse dito: desde este momento o Filho de Deus que mora em mim, já nasceu em meu coração, porque no grande Mistério daquela maternidade cumpriu-se o desejo que tinha atravessado todos os tempos desde a primeira aurora da Criação.
Efectivamente, se a maternidade acolhida pelo seu Imaculado Coração, como disse o Santo de Hipona estava infinitamente acima do conteúdo natural da maternidade que se iria efectivar naquele Filho, o Amor dilecto do Pai unido ao amor espiritual de Maria, desde logo, este acontecimento que veio mudar a História dos homens passou a encher o seu coração de mãe, na expectativa de ver no Menino que ia nascer a Luz maior projectada na sua humilde casa de Nazaré e, depois, para todo o Mundo.
O seu Imaculado Coração foi - e é - o depósito mais santo de todas as graças, porque nele se fundiu, misteriosamente, o Amor de Deus com todos os homens, especialmente com todas as mães.
Assim, se todas desejam que os seus filhos nasçam para o Mundo mas também, para os seus corações, como não teria sido o êxtase de Nossa Senhora ao sentir-se invadida por aquela força angélica que faria mais tarde, ressonância no lugarejo de Ain-Karin, morada de Isabel, que tocada pelo poder da graça, lhe diria: Bem-aventurada tu, que creste, porque se hão-de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas (Lc 1, 45), e estas coisas, factos extraordinários, só poderiam acontecer pelo facto de naquele corpo de aspecto comum, viver um Coração que estava acima da vulgaridade do condição estritamente humana, porque nela havia a chama de Deus, e de tal forma assim era, que Santo Agostinho, ao referir-se à maternidade, que ele via em Nossa Senhora num plano muito elevado, muito acima da esfera humana, disse: A intimidade divina, à qual sua incomparável santidade lhe dá acesso, está infinitamente acima do conteúdo natural da maternidade.
É esta incomparável santidade, onde nos devemos
situar.
Na maternidade de Nossa
Senhora há uma comunhão perfeita entre a alma da Mãe e de Deus.
É a fé que tudo aceita
até ao limite.
A caridade sempre
desperta em todas as circunstâncias.
A humildade da serva, que toma o estatuto de uma
grandeza – sem alaridos – porque naquela Mãe espantosa, o silêncio era Lei e
tudo dependia de Deus.
A alegria de ser
chamada a dedicar-se Àquele Filho, sem nada perguntar, mas entrevendo no alto
destino que lhe estava reservado, Deus presente em todos os acontecimentos,
desde o instante miraculoso em que ouviu a voz de Gabriel, na sua casa de
Nazaré.
Temos assim, que a fé,
a caridade, a humildade e a alegria, constituem atributos que devíamos pôr a
render na vida que temos e nem sempre o fazemos, quantas vezes, para bem de nós
mesmos.
A lição de Nossa Senhora
não deve morrer em saco roto, mas
antes, deve-nos fazer vir à lembrança o grito daquela mulher do povo que
irrompeu do meio da multidão e bendizia Jesus, mas sem esquecer a Mãe: Ditoso o seio que te trouxe e os peitos a
que foste amamentado (Lc 11,27) num gesto espontâneo, mas que prefigurou
desde logo o Magnificat , “Todas as gerações chamar-me-ão
bem-aventurada”, um cântico que é dedicado Àquela Mãe Admirável, em cujo
seio se gerou Jesus, Filho querido do seu ventre porque Deus ao pedir-lhe a maternidade nos aspectos humanos, lha pediu
pela voz do Anjo com o influxo que derramara, um dia, na casa de Ana e Joaquim com a sua divina concepção.
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