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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Uma reflexão sobre o Pai Nosso




O PAI NOSSO

Não digas: “Pai”, se cada dia não te portas como filho…
Não digas: “Nosso”, se vives isolado no teu egoísmo.
Não digas: “que estais nos céus”, se só pensas em coisas terrenas.
Não digas: “Santificado seja o Vosso nome”, se não O honras.
Não digas: “Venha a nós o Vosso Reino”, se o confundes com o êxito material.
Não digas: “Seja feita a Vossa vontade”, se não a aceitas quando é dolorosa.
Não digas: “O pão nosso de cada dia nos dai hoje”, se não te preocupas com a gente que passa fome.
Não digas: “Perdoai as nossas ofensas”, se guardas rancor ao teu irmão…
Não digas: “Não nos deixeis cair em tentação”, se queres continuar a pecar.
Não digas: “Livrai-nos do mal”, se não tomas partido contra o mal.
Não digas: “Ámen”, se não levaste a sério as palavras desta oração.

in, "O Astrolábio" de 16 de Novembro de 2014

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O que este texto sugere é que a oração do Pai Nosso não pode ser um mero exercício mental sem profundidade, porque, ou ele nasce de dentro para fora ou então o que dizemos são apenas palavras sem a essência que faz de cada uma delas o compêndio mais belo da religião ensinada por Jesus aos seus Apóstolos (Lc 11. 1) e que tem servido de guia aos séculos passados e aos futuros.

O Pai Nosso é a oração da infância que acompanha toda a criatura até ao finito da vida - mesmo a que abandonou a fé - porque existe em cada palavra o peso da humanidade mergulhada no milagre do divino.

Diz Tihamer Toth nos dois volumes que dedicou a esta Oração, que o Pai Nosso parte da própria natureza humana, das suas mais recônditas profundezas, e é tanto assim que até os pagãos - à sua maneira - não deixam de se ligar ao Grande Mistério do Invisível.
Temos assim. que o Pai Nosso por ter nascido da boca de Jesus num certo dia em que os Apóstolos lhe pediram que os ensinasse a rezar, é o cume, a coroa de todas as nossas orações e o tema fundamental de toda a reflexão cristã.

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