Gravura do jornal extinto "O Zé" de 1 de Novembro de 1910
in, "História da República"
O regicídeo
Memória no local de regicideo
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Faz hoje 105 anos que a República - com as mãos manchadas de sangue - instaurou em Portugal um novo regime, e o crime cometido contra a família real é, ainda hoje, uma mancha incompreensível que os republicanos, se é que ainda os há, fazem tudo para apagar da memória das camadas mais jovens, pelo que esta lembrança do dia do de hoje se se aplaude pela efeméride, não se aplaude pelo crime cometido.
A República, mais de um século depois não acabou com as desigualdades sociais que não fosse nas boas palavras institucionais, pelo que não merece ser celebrada, a menos que, os homens públicos mais jovens e mais responsáveis dos partidos do centro político (PS, PSD e CDS) que ontem cada um, a seu modo, tiveram votações de peso, encontrem maneiras de serem dignos do regime que temos, fundado numa República que matou para se impor e que, agora, se devem unir para a salvar.
Este é o caminho e não há outro.
E o futuro é já amanhã!
Creiam, que não há tempo a perder.
Há momentos em que o pragmatismo - com Portugal em primeiro plano - vale mais que qualquer ideologia.
Tenho fé no Portugal do futuro, porque admiro os que naqueles três partidos, depois de mandarem "às malvas" os homens acirrados do "mata-mata" - de que Manuel Alegre, por mais incrível que pareça, foi um intérprete, embora usando uma figura de estilo da sua arte poética - hão-de, por fim, com as suas diferenças, encontrar maneiras de salvar a República, dando-lhe um novo rosto para bem do Portugal democrático que urge defender.
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