Charles Péguy, após a sua passagem
pelo campo do agnosticismo
e da mais aguerrida indiferença
religiosa,
onde se tornou, até,
combatente de causas contrárias
às ideias doutrinais que o berço
lhe dera,
regressa, um dia, ao seio da
Igreja
e da sua fé reencontrada
disse o seguinte, com se quisesse
justificar-se
dos tempos em que andou longe do
espírito
de que daria conta, depois, em
muitas obras
em que o escritor se revelou,
reencontrado,
com o Espírito de Deus.
- O homem é um monstro de inquietação.
Aconteceu com ele o que resulta
sempre
de tudo aquilo que o homem é,
relativamente, ao sentido para
onde tendem
os anseios mais íntimos da alma.
É que os gritos da inquietação
humana
encontram-se sempre expressos na
tendência
que a chama, quantas vezes de
muito longe
para aquilo que a transcende,
porque toda a alma espera alguém,
mais avisado e mais crente
que a ajude a salvar e a redimir
das insuficiências humanas.
É por isso, que Jesus se tornou
o grande Guia dos homens,
e a par d’Ele estão todos os
Santos
e, depois, todos os homens comuns
que ajudam os seus companheiros a
sair
das dúvidas, senão mesmo, dos seus
atoleiros,
como aconteceu com Péguy.
Que o Senhor encaminhe todos os
passos
dos homens bons,
ao encontro de todos os que passam
indiferentes
e, quantas vezes, cheios de
remorsos
de terem abandonado o que
aprenderam
a par da cantiga que lhes embalou
o sono
quando caíam,
como rosas de amor as bênçãos das
mães
e as suas preces de amor a Deus
pelos seres pequeninos, em
primeiro lugar embalados
no ninho de amor que existe
dentro de si mesmas!
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