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domingo, 18 de outubro de 2015

"O homem é um monstro de inquietação"




Charles Péguy, após a sua passagem
pelo campo do agnosticismo
e da mais aguerrida indiferença religiosa,
onde se tornou, até,
combatente de causas contrárias
às ideias doutrinais que o berço lhe dera,
regressa, um dia, ao seio da Igreja
e da sua fé reencontrada
disse o seguinte, com se quisesse justificar-se
dos tempos em que andou longe do espírito
de que daria conta, depois, em muitas obras
em que o escritor se revelou, reencontrado,
com o Espírito de Deus.

- O homem é um monstro de inquietação.

Aconteceu com ele o que resulta sempre
de tudo aquilo que o homem é,
relativamente, ao sentido para onde tendem
os anseios mais íntimos da alma.

É que os gritos da inquietação humana
encontram-se sempre expressos na tendência
que a chama, quantas vezes de muito longe
para aquilo que a transcende,
porque toda a alma espera alguém,
mais avisado e mais crente
que a ajude a salvar e a redimir
das insuficiências humanas.

É por isso, que Jesus se tornou
o grande Guia dos homens,
e a par d’Ele estão todos os Santos
e, depois, todos os homens comuns
que ajudam os seus companheiros a sair
das dúvidas, senão mesmo, dos seus atoleiros,
como aconteceu com Péguy.

Que o Senhor encaminhe todos os passos
dos homens bons,
ao encontro de todos os que passam indiferentes
e, quantas vezes, cheios de remorsos
de terem abandonado o que aprenderam
a par da cantiga que lhes embalou o sono
quando caíam,
como rosas de amor as bênçãos das mães
e as suas preces de amor a Deus
pelos seres pequeninos, em primeiro lugar embalados
no ninho de amor que existe
dentro de si mesmas!

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