Quando Junot invadiu Portugal, em Novembro de 1807, tendo-se
já transferido a Corte e a Capital de Portugal para o Rio de Janeiro, aconteceu
que o comandante das tropas invasoras era bajulado por muitos afrancesados.
O despudor e a falta de patriotismo chegou ao ponto de em Lisboa, o Juíz
do Povo, o tanoeiro José Abreu de Campos, ter pedido a El-Rei Junot que
intercedesse junto de Napoleão para que desse a Portugal uma Constituição e um
Rei e que este fosse da família do todo-poderoso Imperador, frisando que o
documento constitucional deveria ser semelhante ao que fora outorgado ao
Grão-Ducado de Varsóvia.
Na História de Portugal este vergonhoso e humilhante pedido
feito em 22 de Maio de 1808, ficou
conhecido como a súplica de uma Constituição.
O País fervia na nova era que o Liberalismo abriu, mercê da
Revolução Francesa, não tendo faltado os que se posicionaram contra a honra
da Pátria, servindo servilmente o
invasor e de que é um triste exemplo o Conde da Ega, Aires de Saldanha, marido
de Juliana, filha da Marquesa de Alorna, que se tornou amante de Junot, com o
beneplácito do consorte enganado.
Depois de José de Vasconcelos, nasceram abundantemente em
1808 muitos desnacionalizados para quem
o nacionalismo deixou de ser uma referência de amor a Portugal.
De então para cá este facto acentuou-se, sobretudo, nestes
tempos dos globalismos, não apenas económicos, como políticos e onde as Pátrias
– por muito que nos pese - vão deixar de ter o elo forte dos nacionalismos
sadios que era o cimento aglutinador dos seus povos.
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