«Nunca pensei em mudar o mundo. Procurei ser
unicamente uma gota de água limpa. Se tu fores uma gota de água limpa, já
seremos dois. E se for também a tua mulher ou o teu marido, seremos três,
depois quatro, dez, cem...»
Foi assim que respondeu Madre Teresa de Calcutá, na
conferência de imprensa em Oslo, por altura da entrega do Prémio Nobel da Paz, a
um jornalista, que levianamente lhe perguntava se pretendia mudar o mundo.
É um pensamento que a Madre Teresa repetiu noutras
circunstâncias, para falar do contributo necessário de cada um para tornar o
mundo melhor. Numa outra ocasião, disse: «Aquilo que fazemos é só uma gota no
oceano, mas se não o fizéssemos, o oceano teria uma gota amenos».
«Nós tratamos de uma pessoa. Em seguida, se for
possível, de outra. Nunca tratamos multidões». Por conseguinte, cada um de nós pode
e deve ser essa gota de água limpa. Não podemos esperar que sejam os grandes
deste mundo, detentores do poder económico e político, a fazer o seu dever.
Não podemos atirar para os outros a solução dos
problemas que afligem este nosso planeta egoísta, injusto, poluído. A nossa
gota de água poderá ser, por exemplo, a oração, a partilha do pouco que temos,
a ajuda a esta ou àquela pessoa que passa fome e não pode esperar mais, os
nossos pequenos gestos de solidariedade, as nossas renúncias a coisas
supérfluas para dar o que se poupou aos necessitados. Será a fantasia da
caridade a encontrar quais as gotas de água que podemos lançar no oceano.
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E se eu fosse aquela pequena gota de água?
E se eu sentisse que ela faz falta no oceano da vida?
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