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sábado, 17 de outubro de 2015

A propósito dos "saberes" para onde a bússola do homem devia orientar o seu caminho




Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade"
                                                       Santo Agostinho
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  • Em qual destes saberes me encontro?

Se no último seria um herói, mas penso que estou longe de tal caridade por ser muito "carnal" mas duma coisa tenho a certeza: estou - embora já velho - na aprendizagem do saber que edifica, só não sei bem, se às vezes o edifício que desejo deixar construído de mim mesmo não sofre de alguma erosão do tempo - sobretudo do actual - ao ver por aí à solta desejos de saber só por isso mesmo sem que ele seja útil aos outros, ou então, para alcançarem a fama efémera da finitude da própria vida, ou - e esse é o pior dos saberes - o que se alcança só na mira de se enriquecer, inchando a conta no Banco.

Penso, por fim, que Santo Agostinho que aprendeu à sua custa o último dos saberes de que nos fala - e por isso é um Santo - bem merece que o citemos, hoje, séculos depois de ter existido fisicamente, tendo tido o saber de nos deixar tamanhas reflexões sobre a parafernália dos saberes que devem ser causa de cada um se interrogar a si mesmo.

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