São
lapidares estas palavras de Descartes:
Todo o
método consiste na ordem e disposição daquilo para onde é necessário dirigir a
agulha dos espírito.
No
nosso tempo conturbado em que parece que a agulha
do espírito anda por aí a
girar um tanto entontecida na bússola de muitos homens, mesmo daqueles que são
chamados a dirigir por imperativos políticos as sociedades, e que não
fazem do Espírito superior que a todos nos governa um modo de condução das suas
próprias vidas, as palavras do velho filósofo não podem deixar de ser lembradas.
É, por
isso, por vivermos sem o método equilibrado do Espírito de Deus, que
vivemos às apalpadelas, como se fôssemos cegos de olhos abertos.
Andamos
todos a fingir de valentes...
A
dizer aos quatro ventos que somos donos dos nossos destinos,
sem cuidarmos de ver na bússola que somos a agulha
do espírito a doer-se das
muitas voltas que dá, à procura dos rumos certos mas que apenas se
encontram na rota de Deus.
Andamos
à deriva.
Esquecidos
do norte - porque nos tem faltado o método - as sociedades estão a tornar-se
cataventos esquisitos, dirigidos teimosamente para a direcção errada da vida de
onde sopram muitos dos ventos contrários que entontecem a nossa vida.
Atentemos
nisto, porque se a vida é profundamente marcada pelos nossos movimentos
físicos, não pode deixar - com pena desses movimentos não serem os mais
indicados - de ser comandada pelo espírito de cada homem onde Deus é uma
presença viva, porque Ele vive no pensamento de cada um de nós.
Agir
ao contrário não vale...
É
fazer-se o homem charlatão de si mesmo, ou seja, viver mentindo à sua própria
dignidade.
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