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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Uma conversa acidental



Aconteceu numa auto carreira de um dos percursos da cidade de Lisboa entre dois passageiros interessados no que se está a passar sobre as últimas eleições legislativas e que, pelos vistos não entendem o que se passa em Portugal.

Passageiro 1:
- Ouviste o PS dizer que queria alinhava com o PCP-PEV ou com o BE no pós eleições?
Passageiro 2:
 - Não. O que ouvi foi o PS a pedir uma maioria absoluta, logo, pondo de parte quer o PCP-PEV, quer o BE!

Passageiro 1:
- Ouviste o PCP-PEV dizer que alinhava com o PS no pós eleições se ele não tivesse a tal maioria absoluta?
Passageiro 2:
- Não.

Passageiro 1:
 -  E de igual modo, ouviste o BE dizer que alinhava com o PS no pós eleições?
Passageiro 2:
- Não.

- Como vês - diz o passageiro 1 - o povo foi enganado quando foi votar, pelo que do ponto de vista político o arranjo pós eleitoral não é democraticamente válido, porque não é legal em virtude de não estar sustentado - ao contrário do que aconteceu com a coligação PSD/CDS que concorreram com um programa comum -  enquanto os outros três partido o fizeram com programas diferentes, e mais: com afirmações explícitas quer do PCP-PEV, quer do BE, cada um a seu modo a dizer mal do PS, sobretudo o PCP-PEV.

- Então - diz o passageiro 2 - o que se passa agora é uma falsidade, um "arranjinho"...

- Exactamente - responde o passageiro 1 - e isso é, simplesmente andar o PS a brincar com os eleitores que votaram nele e, por isso, este partido que andou a pedir CONFIANÇA não merece confiança nenhuma.

A conversa continuou mas dela ficou o essencial.

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