A Mixórdia não contou com a vigilância
in, "A Revista Portuguesa" de 1 de Setembro de 1902
- Coligação PSD/CDS - 2.071.376
- PS............................ - 1.740.300
O diferencial de votos entre as duas forças políticas é de 331.076.
Quer isto dizer que a "mixórdia" montada por António Costa esquece estes 331.076 portugueses que não votaram nele, pelo que a imoralidade política - que é possível constitucionalmente por via do arranjo de uma maioria ao contar com os votos do PCP-PEV e BE, que não foram a votos com aquele fim - não devia ser aceite, porquanto, a vida social que não respeita a maioria encontrada no diferencial de votos entre as duas forças mais votadas, é um escândalo - porque elas foram a votos para de entre as duas ser escolhido o Primeiro Ministro de Portugal, como tem sido norma desde a Revolução de Abril de 1974 - pelo que a "mixórdia" só é possível pela imoralidade que quer assentar-se em Portugal, ao arrepio dos que, tendo votado - maioritariamente - para dar a vitória a quem a merecia podem ver os seus votos metidos no caixote do lixo.
- E a honra e a moral, onde ficam?
- E o respeito do voto maioritário do povo português de nada vale?
- Será que os votos dos portugueses aglutinados na secretaria valem mais que os votos dos portugueses que votaram, tendo um fim em vista?
- Será possível que venha a ganhar a "mixórdia"?
Estou velho demais para me calar porque a minha consciência grita dentro de mim por um Portugal de Abril efectivo e não por um Portugal "abrilesco" ao sabor de quem devia ter mais respeito pelo voto que ganhou nas urnas, pelo que urge que todos - como sugere a velha gravura de 1902, que se reproduz - estejamos de vigilância contra os que nos querem enganar com uma maioria que não foi sufragada nas urnas pelo simples facto dos três que agora a vêem, concorreram uns contra os outros.
- Que "mixórdia" é esta?
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