Então (Deus) disse: Façamos o homem à nossa imagem à nossa semelhança e tenha poder sobre todos os peixes do mar, e sobre as aves do céu, e sobre os animais, e sobre as feras terrestres, e sobre os répteis que rastejam pela terra. (Gn 1, 26)
Antes da criação do homem, Deus havia criado a separação das águas debaixo do estrato - a que chamou céu - fazendo-o aparecer sobre a zona não inundada; criou, depois, a vegetação, ervas e árvores; seguindo-se as estrelas para distinguir o dia da noite e, assim, separou a luz das trevas; criou, depois, nas águas animais viventes e encheu o céu de aves; a seguir encheu a terras de animais segundo a sua espécie, culminando a Obra com a criação do homem.
E achou que estava tudo muito bem.
E estava, efectivamente.
Mas, por que criou Deus o homem em último lugar?
Eis uma resposta que é preciso dar e se pode basear no seguinte motivo: antes dele, já havia tudo o resto para que ele pudesse ter responsabilidade na continuação da Obra que o antecedeu, pelo dom responsável de ter sido criado à imagem e semelhança do seu Criador.
Mas o homem, desde a origem não entendeu isto como um dever e não tardou a empaturrar-se com coisas vãs, perdida o coração - onde Deus se espelha - mas achando em todos os momentos a cabeça cheia de ideias, tantas vezes contrárias aos ditames do dever de ser parecido com Aquele donde procede.
Como Deus é o Criador da Obra e tudo faz bem feito - desde o tempo da Origem até Hoje - se Ele tivesse feito em primeiro lugar o homem, este ao ver o que aconteceu depois - movido pelo orgulho - havia de dizer que tudo o que veio depois era obra sua, tomando, assim, o lugar do próprio Deus, ou então, mais compreensivo, apesar disso, não evitaria de arrogar para si o direito de ter ajudado Deus na Obra da Criação.
Por isso o texto ao colocar o homem em último lugar - mas criado à "imagem e semelhança" de Deus - estes dois vocábulos significam que lhe cumpre, no mundo, reflectir e representar o Autor da Vida, razão que levou Santo Agostinho a dizer que o homem foi criado com capacidades que o tornam "capaz de não pecar", um atributo que a ser seguido o tornaria mais companheiro do outro e, logo, mais parecido com Deus que lhe outorgou esse dom e, nunca, o orgulho de viver, ignorando-o - como acontece, em parte, neste mundo arrogante - em que, o homem, ao ter tido existência em último lugar, assim aconteceu para ter poder, agir e transformar a Obra criada por um Ser Superior, e não para ele mesmo se julgar pela sua petulância - como se tudo tivesse dependido dele - criado antes de tudo e todos, pensando-se um "deus" cheio de um falso poder que se vislumbra reflectido na valentia dos fracos de espírito, bem ao contrário dos "pobres de espírito" de que fala a Palavra evangélica, porque é nestes que está inteiro e plasmado com todo o sentido humano e sobrenatural o homem que entende a sua criação em último lugar como uma bênção de Deus, que assim o determinou para bem e glória dele mesmo.
Por isso o texto ao colocar o homem em último lugar - mas criado à "imagem e semelhança" de Deus - estes dois vocábulos significam que lhe cumpre, no mundo, reflectir e representar o Autor da Vida, razão que levou Santo Agostinho a dizer que o homem foi criado com capacidades que o tornam "capaz de não pecar", um atributo que a ser seguido o tornaria mais companheiro do outro e, logo, mais parecido com Deus que lhe outorgou esse dom e, nunca, o orgulho de viver, ignorando-o - como acontece, em parte, neste mundo arrogante - em que, o homem, ao ter tido existência em último lugar, assim aconteceu para ter poder, agir e transformar a Obra criada por um Ser Superior, e não para ele mesmo se julgar pela sua petulância - como se tudo tivesse dependido dele - criado antes de tudo e todos, pensando-se um "deus" cheio de um falso poder que se vislumbra reflectido na valentia dos fracos de espírito, bem ao contrário dos "pobres de espírito" de que fala a Palavra evangélica, porque é nestes que está inteiro e plasmado com todo o sentido humano e sobrenatural o homem que entende a sua criação em último lugar como uma bênção de Deus, que assim o determinou para bem e glória dele mesmo.
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