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sábado, 28 de setembro de 2013

"A campo fraco, lavrador forte!"

 
 
Gravura publicada na Revista "Branco e Negro" nº 27 - 1896
 
 
Reza a sabedoria dos simples que "a campo fraco, lavrador forte!"
Portugal é, hoje, um campo fraco e não tem lavradores fortes, porque os que aparecem e elegemos, afinal, não sabem amanhar a terra, ainda que com o esmero da linguagem tivessem convencido, os que se deixaram convencer, que eram capazes de fazer florir no campo as flores da ventura.
Afinal, tal como eles, o campo estava e continua exaurido e não dá as flores prometidas!
Amanhã é dia de eleições para as autarquias, as quais por estarem mais perto dos campos bem necessitavam de bons lavradores, mas estes - com as raras excepções que aconteceram - não falaram dos campos que a cada um iria caber, o que foi uma tristeza ver estes maus lavradores falarem do todo como se eleições tivessem, unicamente, esse cariz  e esquecerem a eleição a que concorreram, desmentindo assim a sabedoria do provérbio, que sendo popular, é sábio por isso mesmo, enquanto eles por serem fracos, fazem fraco um campo que foi forte... e eles enfraqueceram.
Há que arrepiar caminho, porque, ou eles e os que vierem a seguir adubam melhor o terreno ou qualquer dia a terra do campo é um monte de escórias.
 


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