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terça-feira, 24 de setembro de 2013

25º Domingo do Tempo Comum - Ano "C" - 22 de Setembro de 2013


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Um homem rico tinha um administrador, que foi denunciado por andar a desperdiçar os seus bens. Mandou chamá-lo e disse-lhe: ‘Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar’. O administrador disse consigo: ‘Que hei-de fazer, agora que o meu senhor me vai tirar a administração? Para cavar não tenho força, de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei-de fazer, para que, ao ser despedido da administração, alguém me receba em sua casa’. Mandou chamar um por um os devedores do seu senhor e disse ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu senhor?’. Ele res-pondeu: ‘Cem talhas de azeite’. O administrador disse-lhe: ‘Toma a tua conta: senta-te depressa e escreve cinquenta’. A seguir disse a outro: ‘E tu quanto deves?’. Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. Disse-lhe o administrador: ‘Toma a tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. De facto, os filhos deste mundo são mais espertos do que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes. Ora Eu digo-vos: Arranjai amigos com o vil dinheiro, para que, quando este vier a faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. Quem é fiel nas coisas pequenas também é fiel nas grandes; e quem é injusto nas coisas pequenas também é injusto nas grandes. Se não fostes fiéis no que se refere ao vil dinheiro, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não fostes fiéis no bem alheio, quem vos entregará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores, porque, ou não gosta de um deles e estima o outro, ou se dedica a um e despreza o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. (Lc 16, 1-13)
Se for lido, superficialmente,
o diálogo entre o homem rico
e o seu administrador,
os que não têm fé, podem concluir
por um convite à desonestidade
sancionado por Jesus.

Mas, não é assim.

O que Jesus ensina
é que, os filhos deste mundo
são mais espertos do que os filhos da Luz,
exortando os discípulos a esforçarem-se
 na prática do bem, mesmo com o vil dinheiro,
contrapondo-se à "esperteza"
dos que, desonestamente,
buscam, apenas, os interesses mundanos.

É, por isso, que o elogio
que Jesus põe na boca do patrão
não é para realçar a desonestidade
do administrador infiel
- algo que Jesus nunca faria! -
mas a esperteza e a habilidade
que os discípulos têm de ter
na Administração das coisas de Deus,
no pressuposto de não se poder
servir dois senhores, o que implica
o dever de ser fiel
nas coisas pequenas e coisas grandes.
E é, nessa assunção de fidelidade
que o bom serviço prestado ao outro
um dia, será recompensado
nas moradas eternas.
 

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