OS BURACOS DA "NAU DO ESTADO"
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Gravura publicada pela Revista "A Paródia" de 27 de Junho de 1900
Portugal prefigurado na imagem de um velhinho que assim aparece na proa da "Nau do Estado", apesar das reformas cosnstitucionais e outras reformas havidas, ontem como hoje, porque pôs por baixo como a gravura demonstra a "moralidade" e a "economia", continua com o casco da "Nau" cheio de buracos.
Passou mais de um século sobre esta caricatura e nada aprendemos, sobretudo da moral que faz os povos adultos.
De nada vale chamar à colação o buraco do BPN como sendo dos maiores, porque outros há, como resultado directo da moralidade política em vez de andar por cima - no cesto da gávea - a dirigir as águas menos turbulentas o que fez foi colar-se à quilha que navega por baixo e, aí, às ocultas do povo, ter-se metido no mar de sargaços de onde vamos tardar a sair sem honra e sem proveito... e sem culpados... porque quem navegava por baixo, como é evidente, seguiu o rumo que lhe era ditado de cima.
Mas onde estão os maus comandantes da "Nau do Estado"?
Sumiram-se?
Será que ignoram que a corrupção dos costumes, como diz o nº 1 da Rerum Novarum - no tempo deram lugar a uma verdadeira guerra - que se não é igual, hoje, nos aspectos focados, não deixa de constituir uma guerra que é preciso vencer contra os que puseram a moral de rastos com os muitos buracos por onde se esvaíram capitais preciosos - que o povo viu cair como se vê na gravura - e que, agora, quer o mesmo Estado embora com outros representantes quer que seja ele, uma vez mais, a recupera-los com a suor do seu rosto?
Quem responde a isto?
De nada vale chamar à colação o buraco do BPN como sendo dos maiores, porque outros há, como resultado directo da moralidade política em vez de andar por cima - no cesto da gávea - a dirigir as águas menos turbulentas o que fez foi colar-se à quilha que navega por baixo e, aí, às ocultas do povo, ter-se metido no mar de sargaços de onde vamos tardar a sair sem honra e sem proveito... e sem culpados... porque quem navegava por baixo, como é evidente, seguiu o rumo que lhe era ditado de cima.
Mas onde estão os maus comandantes da "Nau do Estado"?
Sumiram-se?
Será que ignoram que a corrupção dos costumes, como diz o nº 1 da Rerum Novarum - no tempo deram lugar a uma verdadeira guerra - que se não é igual, hoje, nos aspectos focados, não deixa de constituir uma guerra que é preciso vencer contra os que puseram a moral de rastos com os muitos buracos por onde se esvaíram capitais preciosos - que o povo viu cair como se vê na gravura - e que, agora, quer o mesmo Estado embora com outros representantes quer que seja ele, uma vez mais, a recupera-los com a suor do seu rosto?
Quem responde a isto?
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