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sábado, 25 de maio de 2013

A revelação de Deus aos homens




Deus ao chamar os homens à existência passou a olhar benevolentemente para eles, como testemunha a revelação que fez de Si mesmo através de Abraão, dos Patriarcas, de Moisés e dos profetas do Antigo Testamento, até ao tempo em que falou pelo Filho, Jesus, segundo as Palavras que O revelaram quanto aos seus desígnios e vontades, tendo confiado, depois, a continuação da Revelação aos apóstolos e à Igreja, onde passou a brilhar a Luz perene do Espírito Santo.
Revelação é, pois, um conhecimento actuante de Deus que deu ao homem com o advento da Boa Nova a graça de ultrapassar o que estava “velho”, dando-lhe a novidade de um tempo mais propício ao entendimento de se poder alcançar a plenitude do ser e dos valores, em ordem a ser atingida a verdade e santidade divinas.
A Revelação divina quer dizer, que ao vir dos céus, tem como particularidade peculiar o facto de ser perpétua e imutável, o que lhe confere o direito de jamais ficar ultrapassada e de nunca poder vir a ser alterada pelo homem, donde se infere que toda a transmissão de Deus que se encontra na Bíblia Sagrada, é a sua Palavra fiel, tal como foi revelada desde o princípio até à plenitude dos tempos, segundo os seus altos desígnios.
Temos assim, que a Revelação ao apontar para o tripé fundamental da acção do homem centrada com a vontade de Deus, através da fé, esperança e caridade, sendo um plano de vida terrena mas imbricado no poder da graça que a torna existente para além da sua finitude temporal, leva-nos a concluir que o “homem velho” ao ceder ao chamamento de um mundo novo, deixa que se renove em si toda a concepção de novos ideais que o lançam definitivamente na aventura de viver com uma nova liberdade à conquista do banquete celestial e do hino eterno, onde os acordes da divindade passaram a ganhar melodias com sentido.
Tudo assim está plasmado no Novo Testamento, onde o chamamento ao homem renovado pelo poder da Graça é a grande atitude de Deus imbricada na Mensagem de Jesus, que não veio abrogar a Palavra inicial do Pai, mas completá-la através da Revelação completa e final da sua vontade para todos os homens, pelo testemunho dos Apóstolos guiados pelo Espírito Santo para lhes transmitir toda a verdade e, assim, transparecesse, claramente, como eles confiadamente disseram, que aquele poder extraordinário provinha de Deus e não de nós. (2Cor 4,7), deixando, bem claro, que a Mensagem tinha como destinatário, a procura do homem novo.
Eis, porque o teólogo, não deixa, a propósito de citar a velha frase de Santo Agostinho: Fizeste-nos pata ti, ó Deus, e o nosso coração está inquieto enquanto em ti não descansar.
É o “homem novo” que enfim, despertou, um dia, naquele homem singular que viria a ser um Santo e Doutor da Igreja, deixando-nos a extraordinária certeza que pela Graça da Revelação o conhecimento de Deus torna-se possível ao ser humano.
A divindade, com efeito, desde sempre procurou acercar-se do homem.
E assim, mais perto, Deus quer ser um companheiro do caminho.
Um confidente a quem se passou a dizer as alegrias, as angústias e as interrogações, pela simples motivo do homem ter conquistado uma maior amplidão angular, entendendo-se isto numa conduta espiritual, que o leva a ter uma mais nítida percepção das coisas, pelo facto de ter passado a haver, por vontade divina uma  transcendência até então desconhecida e onde Deus e a criatura passaram a formar um conjunto que é desde sempre e assim será eternamente, o objectivo da divindade para o bem da Humanidade.

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