Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 2 de maio de 2013

PÃO OU TRABALHO

Gravura publicada pela Revista "O Domingo Ilustrado de 18 de Janeiro de 1925
Um País que nega o pão aos seus filhos - como actualmente acontece em muitos lares portugueses -  com os subsídios cortados a 50% dos desempregados por terem esgotado o tempo consignado por uma lei iníqua - e não lhes dá condições de lhes dar emprego está a cavar a sua ruina.
Que se passou em Portugal, para não haver pão nem trabalho?
Eis uma pergunta que tem de ser feita... mas a quem?
Ninguém responde. Os poucos que têm respostas não no-las dão.
Mas o povo sabe que foi um fartar vilanagem, numa festa de arromba, onde ele mesmo foi convidado a entrar, como entrou sem se aperceber que aqueles - poder político e civil - lhes dirigiram convites enganosos e, hoje, que nos podiam e deviam dar resposta, estão calados nesse ponto, embora palavrosos como são nos atirem medidas para sairmos da crise, mas fazendo-se "esquecidos" que somo um pobre e pequeno povo sem voz activa e contundente para podermos ser ouvidos.
O que fica de pé é esta conclusão:
O desnorte e a falta de solvência nacional, como é sabido, levou o actual poder político a perder o juízo, a ponto de terem proposto um corte de 6% nos subsídios daqueles que ainda o recebem, que só não aconteceu porque os juízes do Tribunal Constitucional chumbaram o escândalo, onde o Estado ia amealhar, segundo se crê, 200 milhões de euros.
Mas, porquê, ir cortar a estes?
Aqui eu sei dar resposta e na ponta da língua: por serem o elo mais fraco, sem qualquer poder reinvidicativo. Foi só por isso.
"Pão ou Trabalho" é o que se pede.
Agora tirar o pão e não dar condições de trabalho, prova à evidência que, verdadeiramente, já não somos um País onde mereça a pena viver, sendo como é - o que faz pena - uma terra linda e de gente de tal modo tão boa, que acreditou nas balelas de uns tantos que ainda têm coragem de falar.
É que não chega ser-se livre de uma qualquer ditadura política quando se é escravo da fome de um pão que não existe, enquanto causa directa de um trabalho que faltou.


Sem comentários:

Enviar um comentário