Gravura publicada na Revista
"A Comédia Portuguesa de 1 de Setembro de 1902
Sempre foi assim desde a Revolução de 1820...
É certo que, com a mudança natural do tempo. mas é sempre o mesmo fado choradinho de quem se vê na oposição e tem saudades do governo que lhe fugiu.
A gravura que vemos não apareceu por uma qualquer maldade, mas antes para retratar a "comédia" de então logo, a abrir o ano de 1902 com a Câmara dos Pares instituída em 1826 pela Carta Constitucional a zurzir no governo através de Costa Lobo (Francisco José) chamando-o de absolutista, e a findar o mês, os progressistas a atacar o governo pelas nomeações ilegais que eram feitas, com Hintze Ribeiro a devolver a afronta, mostrando a face de uma mesma moeda em que apareciam os progressistas a fazer o mesmo, e tudo isto à mistura com os boatos que corriam sobre a corrupção.
O fado continua, hoje, com outras variações, mas é sempre o mesmo fado!
O PS perdeu o governo - e muito bem, pelas asneiras que fez - mas não se conforma.
No Congresso do último fim de semana, como se as eleições fossem na semana seguinte, pediu ao povo maioria absoluta,com esta coisa bizarra: mesmo conquistando-a o seu eventual governo não afastará coligações governamentais, acordos de incidência parlamentar e com os movimentos e parceiros sociais.
Quem acredita?
Não será isto uma nova maneira de cantar o fado?
Claro que é.
É o fado em tom maior, sonoro e vibrante com todas as cordas a dar o máximo, como se o povo mais esclarecido não soubesse o consumo da normal da casa, das grandes promessas - algo que não acontece só com o PS - mas com todos, ao que, modernamente são apelidados do arco do poder, mas que depois, dedilham ao povo o fado triste em tom menor, como se as palavras ditas não tivessem sido endereçadas a um povo concreto - cuja inteligência colectiva tem de ser cada vez mais de ser respeitada - mas a um povo sem memória, que embora de gatas, por culpas que não lhe cabem não perdeu a dignidade.
Por favor, deixem de nos cantar o mesmo fado!!!
No Congresso do último fim de semana, como se as eleições fossem na semana seguinte, pediu ao povo maioria absoluta,com esta coisa bizarra: mesmo conquistando-a o seu eventual governo não afastará coligações governamentais, acordos de incidência parlamentar e com os movimentos e parceiros sociais.
Quem acredita?
Não será isto uma nova maneira de cantar o fado?
Claro que é.
É o fado em tom maior, sonoro e vibrante com todas as cordas a dar o máximo, como se o povo mais esclarecido não soubesse o consumo da normal da casa, das grandes promessas - algo que não acontece só com o PS - mas com todos, ao que, modernamente são apelidados do arco do poder, mas que depois, dedilham ao povo o fado triste em tom menor, como se as palavras ditas não tivessem sido endereçadas a um povo concreto - cuja inteligência colectiva tem de ser cada vez mais de ser respeitada - mas a um povo sem memória, que embora de gatas, por culpas que não lhe cabem não perdeu a dignidade.
Por favor, deixem de nos cantar o mesmo fado!!!
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