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domingo, 12 de outubro de 2014

Veio-me isto à lembrança...


A ampulheta do tempo deixou cair esta memória!


A Câmara de Lisboa aprovou hoje (16/07/2008) em reunião do executivo municipal a cedência da Casa dos Bicos para a instalação da Fundação José Saramago, que acolherá a biblioteca do autor Prémio Nobel da Literatura. A cedência foi aprovada com os votos favoráveis do PS, Cidadãos por Lisboa, PCP e BE e com os do contra do movimento Lisboa com Carmona e do PSD.
in, Agência Lusa 

Era, então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, que se prepara para vir a ser Primeiro Ministro de Portugal e que, com aquele acto sancionou a outorga de um edifício histórico do séc. XVI, sem cuidar que José Saramago - um Prémio Nobel de uma certa Literatura que não respeita os sentimentos da maioria do povo português -  foi uma personagem, que em Portugal, no ano de 1975, em pleno Processo Revolucionário em Curso (PREC)  no exercício de Director adjunto do "Diário de Notícias"  - de onde saiu na sequência do 25 de Novembro -  disse quando entrou: “Quem não está com a Revolução, é melhor não estar no Diário de Notícias”, resultando isto pelo facto de Saramago estar ao serviço da facção do então Primeiro-Ministro, Vasco Gonçalves, adoçada ao Movimento das Forças Armadas MFA.

Esta tomada de posição extremista originou o  saneamento de cerca de três dezenas de jornalistas, deixando ali o seu trato de censor e castrador da liberdade de informação, do pluralismo, arvorando-se em saneador de jornalistas, tendo imposto no DN uma informação de sentido único, colocando o jornal ao serviço da revolução, expressão entendida como ao serviço exclusivo do pensamento do Partido Comunista Português, tendo utilizado as armas do radicalismo, do medo.

Ontem como hoje, não aprovo  este projecto da Câmara Municipal de Lisboa que a pena de António Costa aprovou.
Tenho esse direito como cidadão de Lisboa.
E reprovo, porque o laureado o não mereceu. 
José Saramago não é uma figura consensual, em Portugal, mesmo no campo das Letras e, porque a sua falta de escrúpulos foi sentida no Diário de Notícias, onde saneou, a seu belo prazer, muitos colaboradores desse jornal a mando do seu Partido, tendo sido o executante de saneamento de jornalistas que se opunham ao seu cariz totalitário, levando à prática o que condenavam no antigo regime, ou seja, os saneamentos políticos.
Por isso, esta mancha está no passado recente de António Costa.
Fica aqui, como memória do tempo.


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