Cartaz evocativo da trasladação dos seus restos mortais
para o Panteão Nacional
A PAZ SEM VENCEDOR
E SEM
VENCIDOS
Dai-nos Senhor a paz que vos
pedimos
A paz sem vencedor e sem
vencidos
Que o tempo que nos deste seja
um novo
Recomeço de esperança e de
justiça.
Dai-nos Senhor a paz que vos
pedimos
A paz sem vencedor e sem
vencidos
Erguei o nosso ser à
transparência
Para podermos ler melhor a vida
Para entendermos vosso
mandamento
Para que venha a nós o vosso
reino
Dai-nos Senhor a paz que vos
pedimos
A paz sem vencedor e sem
vencidos
Fazei Senhor que a paz seja de
todos
Dai-nos a paz que nasce da
verdade
Dai-nos a paz que nasce da
justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade.
Dai-nos Senhor a paz que vos
pedimos
A paz sem vencedor e sem
vencidos
Sophia de Mello Breyner Andresen
.
.
Que dizer?
Que assim seja, Sophia!
Que o Senhor que a Poetisa chama do fundo da sua alma ouça o seu apelo, que é uma bela oração que prova à evidência, como as nossas palavras se fazem oração, quando são ditas com o sentimento - poético - porque não podia deixar de ser assim, mas também, com o sentimento com que qualquer criatura se pode elevar até Ele, para ser ouvido.
Que assim seja, Sophia!
Sobretudo, que um dia se cumpra o que é pedido na última quadra do seu enternecedor poema:
Fazei Senhor que a paz seja de todos
Dai-nos a paz que nasce da verdade
Dai-nos a paz que nasce da justiça
Dai-nos a paz chamada liberdade.
Que assim seja, Sophia
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