DEUS, PRESENTE (1)
Hoje,
ao fim da tarde,
Quando o Sol se escondeu,
cansado,
Por entre a névoa ígnea do
Poente
Senti um místico alarde...
E ao olhar o tom difuso e
encantado,
Senti naquele breve
instante
Deus, eternamente
presente!
Foi, quando, lenta a luz
morria
Nas últimas casas, lá ao
fundo...
Quando, rendido, esse
gigante
Que alumiara todo o
dia
Adormeceu sereno e
profundo!
Senti, então,
Um impulso de Deus, uma
certeza
No Seu poder enternecido.
E assim, numa oração
Agradeci-lhe a mágica grandeza
Que houve naquele Poente
ignescido...
E, aos poucos, lenta,
Veio a noite a imprecisar
as coisas
Numa sombra que se tornou
negrume.
Muito atenta, então,
A minha alma agradecida
Ardeu em chamas
Como se fosse um lume!
(1) - De um livro a publicar
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