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domingo, 12 de outubro de 2014

Deus, presente!




 DEUS, PRESENTE (1)


Hoje, ao fim da tarde,
Quando o Sol se escondeu, cansado,
Por entre a névoa ígnea do Poente
Senti um místico alarde...
E ao olhar o tom difuso e encantado,
Senti naquele breve instante
Deus, eternamente presente!

Foi, quando, lenta a luz morria
Nas últimas casas, lá ao fundo...
Quando, rendido, esse gigante
Que alumiara todo o dia
Adormeceu sereno e profundo!

Senti, então,
Um impulso de Deus, uma certeza
No Seu poder enternecido.
E assim, numa oração
Agradeci-lhe a mágica grandeza
Que houve naquele Poente ignescido...
E, aos poucos, lenta,
Veio a noite a imprecisar as coisas
Numa sombra que se tornou negrume.
Muito atenta, então,
A minha alma agradecida
Ardeu em chamas
Como se fosse um lume!



(1) - De um livro a publicar



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