O TRIBUTO A CÉSAR
Então, os fariseus reuniram-se para combinar como o haviam
de surpreender nas suas próprias palavras. Enviaram-lhe os seus discípulos,
acompanhados dos partidários de Herodes, a dizer-lhe: «Mestre, sabemos que és
sincero e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade, sem te deixares
influenciar por ninguém, pois não olhas à condição das pessoas. Diz-nos,
portanto, o teu parecer: É lícito ou não pagar o imposto a César?» Mas Jesus,
conhecendo-lhes a malícia, retorquiu: «Porque me tentais, hipócritas? Mostrai-me
a moeda do imposto.» Eles apresentaram-lhe um denário. Perguntou: «De quem é
esta imagem e esta inscrição?» «De César» - responderam. Disse-lhes então:
«Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.» (Mt 22, 15.21)
Senhor Jesus:
Que eu, jamais,
me aproxime de Ti com propósitos fingidos
tal como fizeram aqueles judeus
em mais uma cilada
das muitas em que foram mestres,
mas sem cuidar que só Tu
é que eras verdadeiramente o Mestre
e, logo, capaz de desmontar
todas as trapaças!
Senhor Jesus:
Como admiro o facto de, na resposta que deste
não Te teres limitado, apenas,
à questão que traiçoeiramente Te é apresentada,
para, num daqueles teus raios luminosos
lhes teres dito, que em verdade,
o imposto era devido a César,
mas reclamando para Deus o que lhe pertencia...
Que grande foi aquela lição!
Senhor Jesus:
Eis, porque, só Tu és a Verdade,
grava essa efígie, para sempre, no meu rosto
e assim aconteça com todos os meus irmãos!
Que a Tua efígie em nós, homens vulgares
seja a substância do Pai
e, que, por ela, nós vejamos sempre na Tua Verdade
a nossa própria identidade!
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