Quadro de Domenico Fetti
Kunsthistorische Musem - Viena
(in, Wikipédia)
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- Parábola da Pérola Preciosa
Sobre o
triunfo da missão messiânica
ao apontar ao
homem a entrada na Casa do Pai
Texto do Evangelho de S. Mateus 13, 45-46
O Reino dos
Céus é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas. Tendo
encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a
pérola.
Prosseguindo a mesma linha de pensamento, Jesus
reforçou a anterior parábola com esta, que tem alguns cambiantes bem
diferentes, pois não era crível a repetição de uma ideia já assente.
O Mestre nunca se repetiu.
Foi sempre diferente e de um modo que deixava
boquiabertos os seus próprios amigos e desconcertados os inimigos que O ouviam
sempre na esperança de O embaraçarem, não se coibindo de lançar a confusão nos
ouvintes mais atentos e que solidamente se iam aproximando.
Nesta parábola, Jesus antevê o triunfo próximo da
Igreja que Ele veio fundar.
É a pérola de
grande valor.
Se na parábola do tesouro escondido também isto se pode entender, nesta, a pérola de grande valor ganha outra
dimensão por ser, ainda naquele tempo, a peça mais cara de qualquer tesouro,
tendo o dom de fascinar os homens, como hoje acontece como o diamante. Havia
explicações misteriosas que tendiam a justificar a sua formação, de tal forma,
que os mercadores antigos percorriam o mundo na busca das pérolas mais
preciosas.
Diz Jesus que o homem tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui
e compra-a, sem que para a sua decisão tenha concorrido qualquer vontade
estranha, mas tão só a decisão própria provinda de uma vontade firme de saber
que de posse daquele bem, tinha uma fortuna em casa.
Assim terá de ser o Reino do Céu.
Ter uma fortuna em casa.
Uma compra por
decisão da vontade de cada homem, que para tanto se deve empenhar em possuir
aquele Bem maior.
Jesus não obrigava ninguém.
Exercia o poder do convite, deixando a decisão a
cargo daqueles que eram alertados para a Boa Nova que Ele trazia à Humanidade.
Aborrecia-O a desilusão que podia causar, como
aconteceu quando ia com os seus a caminho de Jerusalém e alguém abeirando-se
d’Ele lhe disse: Seguir-te-ei para onde
quer que fores. Respondeu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm
ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (1)
Jesus não tinha bens pessoais onde pudesse reclinar a cabeça, mas tinha bens para
dar de graça a todos os homens de coração puro.
Por isso, a pérola preciosa de que Ele falou é este
Bem que está ao alcance de todos e se resume em segui-l’O, especialmente os
homens arrependidos, na certeza que Ele deixou, quanto ao preço que é pago para
entrar na Casa do Pai não se fundar em coisas palpáveis mas naquele bem muito
maior que mora por dentro e na intimidade de cada um.
A pérola
sendo uma imagem, esconde bem dentro a afeição do homem pela escolha que este,
livremente faz de Jesus, no momento em que encontra escondida no seu campo – ou
seja, na sua vida – a pérola de grande
valor que nada custa e tudo dá de graça.
(1) - Lc 9, 57
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