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sábado, 11 de outubro de 2014

Quando será que construímos as pontes que faltam?




Não importa que a ponte seja velha se for útil



Já se sabia.
Com o poder à vista baixaram os decibéis do discurso, mas a necessidade de fazer pontes de diálogo, ainda está muito longe.

Numa entrevista recentíssima (TSF e DN) o novo líder parlamentar do Partido Socialista, Ferro Rodrigues, jogou à defesa, antevendo o que se espera. 
No poder, o PS, vindo-o a conquistar em 2015 - nesta conjuntura difícil - não vai ter dinheiro para distribuir generosamente, ao arrepio da sua postura em governações anteriores, onde "sem rei nem roque" a utilizou num País que desde o 25 de Abril o que tem feito é endividar-se.

Diz, agora Ferro Rodrigues, tendo em mira a defesa do Estado Social e a baixa de impostos.

“Tudo isto deve ser feito numa base de custos-benefícios para a população em geral e para a igualdade de oportunidades e para a capacidade de os portugueses terem o Estado que querem”, explicou, num excerto da entrevista que será divulgada este domingo.

“Não se pode, evidentemente, ao mesmo tempo, defender o progresso do Serviço Nacional de Saúde, defender o progresso da escola pública, defender o progresso na capacidade da proteção social e depois ter promessas desbragadas em matéria de diminuição dos impostos”.

Diz o povo - que é sábio - que "cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém" o que prova que com o poder actual PSD/CDS ou, eventualmente, com um novo poder do PS, a receita tem de continuar a ser a que se infere do adágio popular, porque se acabaram os tempos que nunca foram áureos, mas que assim foram tidos por uma classe política que andou a jogar "fora dos eixos"  e com o bom povo português a assistir ao "forrobodó" em que ele mesmo se deixou enrolar.

Eu não posso deixar de aplaudir as palavras de Ferro Rodrigues, mas não posso deixar de criticar o modo como o PS tem levado a política nacional, sobretudo desde o consulado de António Guterres, que foi sublimado por José Sócrates, nos aspectos mais gastadores de um erário que só existia nas suas cabeças, porque viam riquezas onde abundavam, apenas, as misérias das águas caudalosas de um rio sem norte, mas sobre as quais - ao invés do que sugere a gravura que ilustra este texto - nunca fomos capazes de construir pontes com os materiais que tínhamos e continuamos a ter ao nosso dispor.

Quando é que se entende esta necessidade para o bem nacional?
Quando acabamos com governos minoritários ou de coligação arquitectada à última hora, em vez de unir vontades para o bem nacional, levando o povo a votar em processos políticos credíveis e, como tal, referendados?
Quando é que temos juízo?


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