MEDITAÇÃO (1)
Quem depois de deitar a
mão ao arado
olha para trás,
não é apto para o Reino
de Deus.
(Lc. 9,62)
Senhor,
Naquele dia
Tu ias para Jerusalém...
Era mais um dia de entrega total
Por nosso amor.
Foi, então, que ouviste vozes
Que diziam coisas assim:
-Vamos contigo para onde fores...
E Tu, a caminhar sempre
Sorrindo brandamente...
Pronto a todas as dores!
Ias cheio de piedade
Dos que diziam: - Vamos contigo
Mas primeiro... deixa que
faça isto
E mais aquilo.
Senhor,
Esses, de verdade,
Não viram a seara
Aonde o trigo alourava...
Oh! Senhor!
Que sofreste tantas ambiguidades
E mesmo assim
Te deixaste morrer...
Dai-me, peço-te,
A força capaz
De não Te dizer:
- Só vou se...
Que eu não faça isto,
Tendo como tenho
O teu carinho
E o arado que me deste
Para lavrar o caminho!
(1) - De um livro a publicar
Que belo poema! Que belo pensamento! Os "ses" do egoísmo, as condições que exigimos, o medo da dificuldade do que é correcto...esta reflexão é desconcertante.
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