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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Não devia ser assim!




in, Jornal "O Zé" de 5 de Março de 1912


Não devia ser assim!

Não devia... mas é - e será sempre - enquanto existir o mundo rasteiro de uns certos homens que em todas as épocas fazem o jogo sujo do "embuste" e estes não forem desmascarados pela "verdade" que, se levarmos em conta as palavras de Franz Kafka,  é aquilo que todo o homem precisa para viver e que ele não pode obter nem adquirir de ninguém. Todo o homem deve extraí-la sempre nova do seu próprio íntimo, caso contrário ele arruina-se. Viver sem verdade é impossível. A verdade é talvez a própria vida. (in, "Conversas com Kafka).

Parece, porém, que Kafka se esqueceu, que para uma certa gente não é impossível viver, ainda que se falte à verdade naquilo que se faz, o que é uma lástima social.

O "Zé Pequeno" que assina o texto que se reproduz, foi um "Zé Grande" no modo como em duas simples estrofes disse tantas verdades, até mesmo, aquela grande verdade, que muitas vezes, só depois de se morrer é que o mundo vê a razão que se tem.

Passou mais de um século sobre as palavras do "Zé Pequeno", mas, porque ele foi certeiro naquilo que disse, no tempo que passa, o "embuste" anda por aí a "cantar de galo" e, ao que parece, de pouco vale pô-lo de lado porque ele tem manhas para vender a sua "verdade".

"Os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz".

Quem disse isto não foi um qualquer filósofo.
Foi Jesus Cristo, que se fosse seguido, verdadeiramente, o "embuste" havia de ficar à porta, sem ter artes para poder entrar no Palácio de Verdade!


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