Imagem de um diaporama recebido.
Peço a benevolência do autor para a sua reprodução.
Não tarda aí mais um Dia de Natal.
Tradicionalmente é uma Festa com
profundas raízes mergulhadas no cristianismo, um facto transcendente
histórico-religioso que na actualidade perdeu muito da antiga espiritualidade
que assinalava o nascimento do Menino-Deus, onde a fraternidade, solidariedade
e a divinização da quadra ganhavam amplitudes humanas que se projectavam
saudavelmente na convivência dos homens entre si e nas sociedades no seu todo.
Hoje, perdida que está muito
dessa benfazeja espiritualidade que ia beber na velha crença de um Deus que
renascia, alimentava e abraçava todas as criaturas para ser saudado na
fraternidade e no calor dos abraços, deu-se lugar – em tantos casos – a festas
sem chama espiritual, troca de presentes e cartões com frases formais que
cumprem, simplesmente, um ritual acompanhado com exibição de decorações
chamativas, muitas delas, de cariz comercial, envolvendo actividades
economicistas – mesmo em tempos de crise, como é o actual - e a par de tudo isto, como remanescente da
velha tradição não deixam, contudo, de existir os Presépios que sugerem uma profunda reflexão se se fazem como se fosse uma decoração a mais
Neste Natal, pensemos nisto.
E, depois, pensemos no modo como
olhamos aquele Menino que temos nas palhas dos nossos presépios, porque ao
contrário do que possamos pensar, os seus olhos quietos são interrogadores quanto ao modo como estamos
a celebrar a hora feliz do Seu nascimento, naquilo que ela teve de mais valia
para o encontro do homem com a divindade, uma realidade de ontem, de hoje e dos
tempos futuros.
Olhemos, pois, os olhos do Menino-Deus, porque eles fazem perguntas à nossa postura de pessoas
crescidas e responsáveis.
Aqueles olhos olham-nos de alto a
baixo.
Medem a altura da nossa grandeza
espiritual.
Vêem todos os nossos gestos e tiram
deles todas as leituras.
É, por isso, que temos de ter
cuidado, não vá a nossa despreocupação esquecer-se destas verdades e aquilo que
dizemos - ou fazemos - não venha a passar de uma encenação a mais, quando no
nosso íntimo a voz do Menino Jesus feita consciência em nós mesmos nos alerta,
embora, para tantas luzes e tantas festas em Sua honra, mas tendo-O de tal modo enterrado nas palhas do presépio
que até parece que estamos a dificultar que Ele se erga e nos acuse de nos termos
esquecido do essencial:
Ele mesmo.
Pensemos, pois – e nunca será
demais - o modo e o sentimento que
vamos pôr nos Presépios que vamos fazer
em mais este Natal que se aproxima.
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