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domingo, 7 de dezembro de 2014

Em caminho de mais um Dia de Natal.



Imagem de um diaporama recebido. 
Peço a benevolência do autor para a sua reprodução.



Não tarda aí mais um Dia de Natal.

Tradicionalmente é uma Festa com profundas raízes mergulhadas no cristianismo, um facto transcendente histórico-religioso que na actualidade perdeu muito da antiga espiritualidade que assinalava o nascimento do Menino-Deus, onde a fraternidade, solidariedade e a divinização da quadra ganhavam amplitudes humanas que se projectavam saudavelmente na convivência dos homens entre si e nas sociedades no seu todo.

Hoje, perdida que está muito dessa benfazeja espiritualidade que ia beber na velha crença de um Deus que renascia, alimentava e abraçava todas as criaturas para ser saudado na fraternidade e no calor dos abraços, deu-se lugar – em tantos casos – a festas sem chama espiritual, troca de presentes e cartões com frases formais que cumprem, simplesmente, um ritual acompanhado com exibição de decorações chamativas, muitas delas, de cariz comercial, envolvendo actividades economicistas – mesmo em tempos de crise, como é o actual -  e a par de tudo isto, como remanescente da velha tradição não deixam, contudo, de existir os Presépios que sugerem uma profunda reflexão se se fazem como se fosse uma decoração a mais 
                                         
Neste Natal, pensemos nisto.

E, depois, pensemos no modo como olhamos aquele Menino que temos nas palhas dos nossos presépios, porque ao contrário do que possamos pensar, os seus olhos quietos são interrogadores quanto ao modo como estamos a celebrar a hora feliz do Seu nascimento, naquilo que ela teve de mais valia para o encontro do homem com a divindade, uma realidade de ontem, de hoje e dos tempos futuros.

Olhemos, pois, os olhos do Menino-Deus, porque eles fazem perguntas à nossa postura de pessoas crescidas e responsáveis.
Aqueles olhos olham-nos de alto a baixo.
Medem a altura da nossa grandeza espiritual.
Vêem todos os nossos gestos e tiram deles todas as leituras.

É, por isso, que temos de ter cuidado, não vá a nossa despreocupação esquecer-se destas verdades e aquilo que dizemos - ou fazemos - não venha a passar de uma encenação a mais, quando no nosso íntimo a voz do Menino Jesus feita consciência em nós mesmos nos alerta, embora, para tantas luzes e tantas festas em Sua honra, mas tendo-O  de tal modo enterrado nas palhas do presépio que até parece que estamos a dificultar que Ele se erga e nos acuse de nos termos esquecido do essencial:

Ele mesmo.

Pensemos, pois – e nunca será demais -  o modo e o sentimento que vamos pôr nos Presépios que vamos fazer em mais este Natal que se aproxima.



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