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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Crê no que lês. Ensina o que crês.Vive o que ensinas.





O pensamento de Galileu Galilei bem pode pelo sentido do conselho que nos dá, dar-nos uma pista de reflexão sobre a tríade de palavras que serve de título para este apontamento: 

Crê no que Lês. Ensina o que crês. Vive o que ensinas.

Encontrei estas três verdades postadas num velho livro da minha estante, a fazer de separador de páginas, e por elas, cheguei ao conselho do grande sábio, sobretudo, quando tratamos com pessoas empertigadas, cheias de si mesmas, porque a essas pessoas nada se ensina por causa da sua vaidade de pouco importando discordar com elas, mas tem de ser com aquelas - que por vezes sentimos pouco firmes nas suas convicções - que lhes devemos fazer sentir a necessidade de serem elas mesmas, dentro de si, a procurar o modo que as possa levar a ter respostas sensatas.

Fazer isto é um acto lícito, na linha da amizade humana que todos devemos uns aos outros e, assim, teremos como proposições adequadas:

- Crê no que lês, como uma primeira condição de acerto intelectual, porquanto, nem todas as leituras se enquadram connosco, no nosso sentir mais profundo.

- Ensina o que crês, pois só deste modo seremos autênticos em tudo aquilo que afirmamos, que não pode deixar de ter a nossa anuência a uma causa ou a um princípio pelo qual o nosso entendimento se possa inebriar.

- Vive o que ensinas, que não existe mal maior e anti-social que pregar aos outros aquilo que não fazemos, porque a termos este procedimento nos comparamos aos velhos fariseus do tempo de Jesus Cristo e contra os quais se rebelou.


Todos sabemos quão difícil é mostrar ao outro a necessidade de num dado tempo do dia entrar dentro dele mesmo, tentando levar-lhe o sentido do conselho de Gaileu Galilei, na sua parte final, mas todos temos de saber, que tem de ser em nós mesmos que havemos, um dia, de encontrar as respostas que porventura, hoje, nos estão faltando, cheios como andamos com leituras e audições que sem nos pedir licença, como acontece, especialmente, com as audições, entram em nossas casas e, quantas vezes, em lugar de nos preencherem têm o péssimo hábito de não nos ilustrar.


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