Pesquisar neste blogue

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

António Costa. O novo conquistador!


in, Jornal "O Zé" de 23 de Julho de 1914

Numa interpretação livre esta secular gravura do Jornal "O Zé", de cariz republicano, que no seu tempo se intrometia na vida politica - que foi um fartote de governos que se sucediam uns aos outros como os alcatruzes da nora - sobre as três personagens é possível identificar três atitudes com actuações e propósitos distintos.

A menina simpática de olhar cândido representava, no País, a maioria dos votos em futuras eleições e é requestada por dois pretendentes. O que detinha o poder mais próximo dela com ares de confiança e algum atrevimento pondo-lhe descaradamente a mão por cima, enquanto o outro, que a queria conquistar se apresenta com ar mais janota, tocando-a, educadamente, mas sem deixar de a convencer com as promessas do costume: "dou-te isto"... e "mais isto"... vais ver... mas é preciso que me dês os teus votos!


No tempo actual o novo conquistador assemelha-se ao "janota" da gravura.

Chama-se António Costa, mas tem uma diferença substancial, não no namoro político que sempre foi feito com a arte de estar de bem, como diz o povo - com Deus e com o Diabo - mas nas promessas, porque uma coisa ele não quer dizer à tal "menina simpática e com ar cândido"... que hoje, tal como é representada na velha gravura tem o mesmo encanto, mas ao qual o novo conquistador pretende resistir, ocultando-as, porque - já se viu - até às eleições a realizar em 2015, António Costa não assume qualquer compromisso com o actual Governo do PSD/CDS - ainda que os compromissos fossem reformadores da nossa vida política  - na mira de não se comprometer e, com essa "jogada" tentar adoçar o eleitorado, levando-o a pensar que votando nele, se ganhar as eleições, em Portugal vai correr "leite e mel", como se fôssemos a prefiguração no século XXI da velha terra de Canaã, citada pela Bíblia.

Não nos iludamos. 
Depois, é o costume. 

Afinal as contas encontradas eram outras... - e logo por azar - bem diversas do que se pensava... e o problema é que vamos arrastar o País quase durante um ano sem um rumo que devia ultrapassar a vigência de actos eleitorais e que só o consenso entre os dois maiores Partidos era capaz de sustentar, pelo que a estratégia do "jogador" - que era reserva e agora passou a titular - pode vir a dar um mau resultado... e, como de costume, Portugal que se aguente!

O grande problema é que com "espertezas" destas Portugal como costuma dizer o povo quando as coisas não correm de feição, não sai da cepa torta!

Sem comentários:

Enviar um comentário