Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

António Costa viu um "sinal de mudança" no Syriza, mas cinco dias depois...



in, Expresso.sapo.pt, de 25 de Janeiro de 2015


António Costa, exultante, pela da vitória eleitoral do Syriza do passado dia 25 de Janeiro - que é algo incompreensível pelo facto de ter esquecido os seus camaradas socialistas do PASOK que deixaram que aquele partido quase tivesse desaparecido, engolido pela força da votação do povo grego - de acordo com o Expesso online, fez a declaração acima reproduzida (sic) do êxito do Syriza lhe poder dar força e "seguir na mesma linha" mas sem se lembrar que fazê-lo é mandar às malvas o que fez o governo do PS português de que ele foi Ministro no tempo de José Sócrates quando em nome de Portugal o então Primeiro-Ministro assinou o acordo de resgate e 2011, que nos livrou - a um mês - de entramos em bancarrota.

Foi uma afirmação insensata.

Hoje, numa local da 1ª página do "Diário de Notícias" - e que com a devida vénia reproduzimos -  António Costa entrou de supetão numa reunião do grupo parlamentar, manifestando-se contrário a uma ideia radical de renegociação ou reestruturação da dívida portuguesa que é - segundo ele disse na referida reunião "constrangedora", admitindo, no entanto, não ser "insustentável".

E, de facto, não é.

É por estas e por outras que o povo português tem de tomar tento nas coisas que ouve. Portugal vive um momento muito delicado e não pode viver as diatribes de uma qualquer ocasião. Haja responsabilidade nas afirmações que se fazem. O Mundo, hoje, é uma aldeia global e as notícias correm ligeiras!

Alguém que quer ser Primeiro-Ministro - e na eventualidade de o vir a ser - não quer "levar com a porta na cara" quando nessa qualidade for a Bruxelas, penso que António Costa, com o êxito eleitoral do Syriza, estugou em demasia não o seu passo que se deseja que tenha a da força de um "papa léguas" - mas o de Portugal que neste momento é um passo curto - pelo que "emendou a mão" e bem depressa, por ter visto que nos vai ser difícil o passo largo, que afinal todos desejamos, quando se sabe ser uma incógnita o que vai acontecer com o partido radical que ganhou as eleições gregas do passado dia 25 de Janeiro.

Ao fim e ao cabo, alguém que foi um membro importante do seu partido, disse um dia "que só os burros é que não mudam" e, ate, pragmaticamente "meteu o socialismo na gaveta", pelo que ter dado um passo atrás não lhe fica mal, o que pereceu um mal foi ter visto no Syriza "força para seguir a mesma linha", quando se sabe que é uma linha perigosa, atendendo a Portugal, terra de gente nobre que de modo algum deve perder esse valor numa qualquer aventura para não nos vermos "gregos" na nossa própria terra.


in, "Diário de Notícias" online 
de 30 de Janeiro de 2015

Sem comentários:

Enviar um comentário