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sábado, 31 de janeiro de 2015

O PS chama o Presidente da República nas raias do absurdo




in, "Expresso.sapo. pt" de 31 de Janeiro de 2015


Compreende-se que a animosidade política do BE e do PCP contra o Presidente da República tenha levado aqueles dois partidos a cometer a ousadia inqualificável de chamar o supremo magistrado da Nação a depor na Comissão da Assembleia da República que no momento tem entre mãos o caso da eclosão do Banco Espírito Santo, pelo facto de no âmbito das suas atribuições ter recebido o banqueiro Ricardo Salgado, anuindo a um pedido de reunião que este dirigiu à Presidência da República.

Compreende-se e não se estranha.

Outro tanto não acontece com o Partido Socialista que devia ter outra compostura de Estado por saber - se não sabe os seus dirigentes deviam aprender - que o Presidente da República não tem de dar contas daquilo que faz no exercício da sua função aos deputados da Assembleia da República, que por muito que o queiram ser não são juízes, de que é uma prova evidente o facto da Comissão que formaram para ouvir os cidadãos implicados no caso BES não conduzir a um qualquer julgamento criminal efectivo, porque não poderem sobrepor-se à Justiça que é um exclusivo dos Tribunais.

Por isso, o PS deu um tiro no pé ao aliar-se, no pedido estapafúrdio dos dois partidos que se sentam à sua esquerda.
Mas tal facto não espanta. O PS actual dividiu a sociedade portuguesa em "bons e maus", só sendo "bons" os que alinham com a sua cartilha e "maus" todos os outros, fazendo alinhar aqui o Presidente da República, que muito bem, não lhes vai fazer a vontade, embora reconheça ter ouvido o banqueiro.

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