No dia da tomada de posse do XXI Governo Constitucional de Portugal
A actual Constituição da República Portuguesa, chamada enfaticamente pelos sábios que a escreveram e pelos que a têm revisto, como sendo a nossa Lei Fundamental - devia ser assim - mas não é.
E não é - na minha opinião - porque:
- Um texto que permite que seja eleito Primeiro-Ministro um derrotado em eleições para o Parlamento de Portugal não merece o meu respeito, mas sim uma crítica acerba sem rodeios e sem qualquer contemplação.
- Lamento que tal tenha sido possível, pelo que se aquela é a Lei Fundamental, ela está profundamente errada, ao permitir que vá para a oposição quem ganhou as eleições e suba ao poder quem as perdeu, pelo que tem de ser revista quanto antes, a menos que queiramos continuar a viver no atoleiro da política evasiva, sem conteúdo moral e cívico que nos pode conduzir a novas matreirices que de nada abona quem as pratica e só afunda a política da verdade.
- Só peço um favor: que ninguém mais me diga que uma Constituição que permitiu este descaminho da seriedade política é a Lei Fundamental de Portugal.
E, agora - para minha defesa mental, moral e cívica - vou remeter-se ao silêncio.
Sem comentários:
Enviar um comentário