Profecia 8
Tempo Profético: Is 7, 14 - Pois bem, o
Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e será o seu nome Emanuel.
Intenção profética: O Filho de Deus nasceria de uma virgem.
Deus prometera a sua
benevolência e protecção à dinastia de Davi.
Desse modo não consentiu
que no tempo em que em Judá, reinava Acaz,
que Ranson, rei dos Arameus e Faké, rei de Israel, tendo marchado sobre
Jerusalém com o intuito de depor Davi, e por no trono uma pessoa estranha à sua linhagem levassem a cabo os
seus intentos. [i]
Isto não terá efeito,
não sucederá
(...) – disse Deus. [ii]
E não sucedeu.
Mesmo depois de Acaz se
ter recusado a pedir o sinal que Deus lhe pedia e que o fizesse e à sua escolha, Deus num acto
de infinito Amor declara que o Messias havia de pertencer à progénie da cada de
Davi e, nasceria de uma virgem.
É um facto único
anunciado deste modo, sete séculos antes.
A virgem de que nos
falou Isaías é aquela Mãe sereníssima que na sua casa de Nazaré recebeu, numa
manhã do mês de Nisan, [iii] a
voz do Anjo:
Como
uma estrela desprendida
do
ameno Céu da Galileia
o
Anjo-Luz,
cheio
de uma ventura incontida
desceu
para
envolver em sua teia
a
dulcíssima Virgem nazarena
e
para lhe dizer num modo amigo
a
linda saudação amena:
Salve,
ó cheia de Graça. O Senhor está contigo!
Maria-exemplo!
Maria-escolhida!
Maria-perplexa!
Maria-encantada!
De
início agitada e confundida,
mas
logo pelo Anjo serenada!
Oh!
Bela Mãe do Senhor!
Em
ti se realizou o Mistério
do
casamento do Pai com o Seu povo!
Por
isso, te mandou do assento etéreo
a
voz de Gabriel...
o
arauto feliz de um mundo Novo!
A virgem profetizada,
era já a Mãe que desde sempre morou nos planos de Deus e assim haveria de ficar
desde a Anunciação, passando pelo Mistério da Cruz confiada por Jesus ao
discípulo amado e Mãe presente na descida do Espírito Santo, até hoje.
Ressonância no Novo Testamento:
Lc 1, 26-31 - Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel
enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem
desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem
era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor
é contigo. Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a
pensar que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois
achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao
qual porás o nome de Jesus
Maria, ao ouvir estas
palavras tremeu como se fosse um lírio exposto a um vento agreste, mas
recompondo-se da surpresa, perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que
não conheço varão? Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o
poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer
será chamado santo, Filho de Deus. [iv]
Maria aceitou ser a Mãe
de Jesus e, no princípio, é de crer, que tivesse pensado na esperança que
irradiava do seu povo da vinda de uma realeza temporal, mas pelas graças que
cumularam todo o processo divino de que ela foi alvo, compreendeu, de imediato
o sentido da intenção de Deus.
Limitou-se a aceitar,
com a alegria de saber quanto era valiosa a sua cooperação na obra salvífica
que estava destinada ao Filho que viria a acarinhar no seu ventre.
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