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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Profecias sobre Jesus (25) Seria escarnecido e insultado


Profecia 25

Tempo Profético:  Salmo 22, 7 - 9: Mas eu sou verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim, arreganham os beiços e meneiam a cabeça, dizendo:  Confiou no Senhor; que ele o livre; que ele o salve, pois que nele tem prazer.

Intenção profética: Jesus seria escarnecido e insultado.

É neste Salmo que encontramos a exclamação de Jesus, no momento extremo do sacrifício da Cruz: Meu Deus, meu Deus, porque me desamparastes?
 Demonstra-se, assim, que no acto da expiração, Jesus, lembrou tornou presente as velhas palavras do salmista e entoou as que, no Livro Santo, abrem o versículo dois do salmo de David, que é, é, no seu conjunto, uma alegoria à dor humana que vai desde o extremo sofrimento até conduzir o homem à salvação universal.
O salmista lembra a Deus que os antepassados de Israel confiram, pediram ajuda e escaparam dos perigos; não ficaram desiludidos.
Mas eu sou um verme e não um homem (...) todos os que me vêem zombam de mim, torcem a boca e meneiam a cabeça: confiou em Deus; livre-o Ele, salve-o, já que o ama, continua deste modo o salmo a fazer a ponte até à pergunta de Jesus, pregado no madeiro, entendendo-se esta como uma figura de pensamento, em que se fazem perguntas sem esperar respostas.


Ressonância no Novo Testamento

Mt 27 39-40-46 E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Tu, que destróis o santuário e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo; se és Filho de Deus, desce da cruz.(...) Cerca da hora nona, bradou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactani; isto é, meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?

Na Cruz do Calvário cumpriu-se em plenitude a antiga profecia.
Jesus, desamparado, era motivo da zombaria da turba exaltada, que queria, a todo o custo terminar a crucifixão.
Rejeitado pelos homens para nos fazer aceitáveis a Deus, vestiu-se de um manto de vergonha no acto da sua crucificação para nos vestir com o linho branco da justiça divina, sofrendo o opróbrio de ser coroado com uma coroa de espinhos para pudéssemos usar uma coroa de glória, sofrendo o desamparo na Cruz para nos colocar sob os cuidados do Pai e nos fazer  participantes da Vida Eterna.
O sofrimento da Cruz é uma realidade misteriosa.
Nós, simples mortais, gostaríamos de o evitar, porque diante da dor nos sentimos impotentes. Até mesmo alguém que está próximo a nós, e nos quer bem, frequentemente, não sabe como ajudar-nos e, muitas vezes, porque nos ama, deseja sofrer por nós.
Foi isso que Jesus fez.
Veio para estar perto de nós, até compartilhar tudo o que é nosso, chegando ao ponto de tomar  sobre si todas as nossas dores.
Eram três horas da tarde quando Jesus lançou a sua pergunta ao Céu, três horas depois de estar suspenso na Cruz, pregado pelas mãos e pelos pés.
Tinha vivido numa contínua doação a todos.
Tinha curado doentes e ressuscitado os mortos, tinha multiplicado os pães e perdoado os pecados, tinha pronunciado palavras de sabedoria e de vida e na Cruz, num acto de amor sublime perdoa aos seus carrascos e doa-nos o seu Corpo e o seu Sangue.
Não é um vencido pela dor.
No momento em que parece sentir a infinita distância com o Pai, num esforço desmedido acredita no Amor que Ele lhe tem e exclama num suspiro supremo.
Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito. [i]
Naquele acto é restabelecida a união entre o Céu e a Terra e são abertas de para a par as portas do reino e tornámo-nos, efectivamente, filhos de Deus e irmãos entre nós.
Jesus não estava abandonado.
Mas as Escrituras eram para cumprir, donde podemos concluir, ter sido o grito de Jesus, meu Deus, meu Deus, porque me desamparastes, um modo de ligação entre o Novo Testamento que ia começar e o Antigo, onde já aquelas mesmas palavras haviam ecoado na exclamação do salmista e Ele bem conhecia, fazendo assim a ponte entre a realidade que acabara e a nova realidade que Ele corporizava na linha do Amor, que pelo seu sofrimento iria chegar até nós.
Desse modo, se estivermos atentos em corresponder ao que nos deixou, vivendo a nossa vida por Ele, experimentaremos que as nossas dores oferecidas, se transformam pelo poder da graça, em sinais salvíficos.




[i]  - cf. Lc 23, 46

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