Notícia do dia 11 de Dezembro de 2013.
A revista norte-americana Time elegeu o Papa Francisco como ‘Homem do ano’. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, comentando a escolha afirmou que representa “um sinal positivo”, pois o título é atribuído a quem anuncia no mundo valores espirituais, e trabalha em favor da paz e da justiça.
A revista norte-americana Time elegeu o Papa Francisco como ‘Homem do ano’. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, comentando a escolha afirmou que representa “um sinal positivo”, pois o título é atribuído a quem anuncia no mundo valores espirituais, e trabalha em favor da paz e da justiça.
“A escolha não surpreende - disse
Lombardi - dada a repercussão e a grande atenção da eleição do Papa Francisco e
do início do Pontificado. É um sinal positivo, que um dos reconhecimentos mais
prestigiosos no âmbito da imprensa internacional seja atribuído a quem anuncia
no mundo valores espirituais, religiosos e morais e fala com eficiência a favor
da paz e de uma justiça maior”.
Padre Lombardi observou que o
Papa Francisco “não busca fama e sucesso, pois faz o seu serviço pelo anúncio
do Evangelho por amor a Deus e por todos. Se isto atrai homens e mulheres e
lhes dá esperança, o Papa está contente.”. “Se esta escolha de ‘homem do ano’ –
acrescenta o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé - significa que muitos
entenderam, ao menos implicitamente esta mensagem, ele certamente se alegra por
isto”.
Ao dar a notícia no seu site, a
revista norte-americana sublinhou como “o primeiro Papa não europeu em 1.200
anos, poderia transformar um lugar onde as mudanças ocorrem nos séculos”.
“Mas o que torna este Papa assim
importante – continua o artigo - é a velocidade com a qual ele atraiu a
imaginação de milhares de pessoas que haviam perdido todas as esperanças em
relação à Igreja. Em poucos meses, Papa Francisco elevou a missão de uma Igreja
que leva conforto às pessoas necessitadas em um mundo sempre mais duro”.
O Papa Bergoglio é o terceiro
Pontífice da história a ser eleito ‘Homem do ano’ pela revista Time, após João
XXIII em 1962 e João Paulo II em 1994.
Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.
Remonta ao ano de 1927 o tempo em que a revista Time iniciou a escolha do "Homem do Ano", tendo começado pelo aviador Charles Lindbergh que cometera a proeza do histórico vôo transatlântico.
Não deixa de ser sintomático que esta conceituada revista num período de cinquenta e um anos tenha escolhido três Papas para lhe conferir tão honroso galardão, com a circunstância que deve ter uma leitura bem cuidada, destes três homens de eleição serem beneficiados directos e emblemáticos do Concílio Vaticano II, que em si congrega, a aragem nova que sopra, hoje, sobre a Igreja fundada por Jesus Cristo.
Atendendo ao critério da escolha, concluímos pelo acerto da revista Time, porquanto pelas suas invulgares qualidades humanas e apostólicas os dos primeiros vão ser canonizados no próximo dia 27 de Abril de 2014, um facto que abona das escolhas merecidas dos responsáveis da Time em 1962 e 1994, donde resulta que sendo uma honra para a Igreja Católica Apostólica Romana a canonização destes dois homens invulgares, devia ser uma honra para todos os homens de boa vontade, crentes ou não, a escolha do Colégio Apostólico.
No caso presente, a honra que recai, hoje, sobre o Papa Francisco, é um acto de grande justiça humana e social, de quem fez do "caminho" o tema da sua primeira homilia e da qual respigamos estas admiráveis palavras sobre os três vértices do triângulo que devem nortear os homens na sua caminhada pelos caminhos do mundo.
Caminhar.“Casa de Jacob, vinde, caminhemos na luz do Senhor” (ls 2,5). Esta é a primeira coisa que Deus diz a Abraão: Caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e quando paramos, não corre bem. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão na sua promessa.
Edificar.
Edificar a Igreja. Fala-se em pedras: as pedras têm consistência; mas pedras
vivas, pedras untadas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a Esposa de
Cristo, sobre aquela pedra angular que é o próprio Senhor. Eis um outro
movimento da nossa vida: edificar.
Em terceiro lugar, Professar. Podemos caminhar quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não professarmos Jesus Cristo, não corre bem. Tornar-nos-emos uma ONG (1) que presta assistência e não o Igreja. Quando não caminhamos permanecemos parados. Quando não se edifica sobre as pedras o que é que acontece? Passa-se o mesmo com as crianças na praia, quando constroem castelos na areia e tudo desba sem consistência.(...)
Temos assim, no "Homem do Ano" de 2013, alguém que ao por a tónica nestes três aspectos nos diz - sabiamente - que todo a todo o homem é dado caminhar e edificar, mas se não professar alicerçado em Jesus Cristo, todos os seus passos e construções podem cair como castelos de cartas, simbolizados nos castelos de areia que as crianças edificam na praia e de que ele nos fala.
Diz a Time que "Foi o primeiro Papa do novo mundo, o
primeiro da América Latina - só por si é histórico. Chegou numa altura em que a
Igreja parecia precisar de mais energia", explica a revista. A energia
"inexplicável" de Francisco é outro factor realçado.
"Tem uma energia que não ser percebe de onde vem. Tem
77 anos, mas anda a abraçar pessoas que a maioria de nós não quereríamos sequer
tocar, anda a lavar os pés a reclusos, a interceder por imigrantes numa ilha no
meio do Mediterrâneo."
Mas o grande destaque é para a mensagem sobre a pobreza.
"Preocupa-se sobretudo com os pobres. Essa é a mensagem mais forte."
A revista admite, por outro lado, que nem tudo sobre
Francisco é consensual e considera que o futuro vai ser complicado. "Vai
ser interessante observar o Papa ao longo do próximo ano, porque todos os
conservadores estão preocupados que abdique da autoridade da Igreja, enquanto
os liberais estão com medo que não passe das palavras aos actos."
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(1) - ONG (Organização Não Governamental)
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